Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE

20 de abril de 1983

Maria da Paz Ribeiro Dantas

O mito e a Ciência na Poesia de Joaquim Cardoso

Orientação: Irma Chaves Monteiro
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Este trabalho consiste na análise de alguns aspectos da produção poética de Joaquim Cardozo, aqueles em que a linguagem da ciência está associada a formas de representação próprias do pensamento mítico. Há diversos modos sob os quais, nos textos analisados, ocorre essa relação. O instrumental teórico que possibilitou identificar os diferentes tipos de relação da ciência com o mítico está contido na teoria de Roland Barthes, que vê no mito uma metalinguagem que se “nutre” de uma linguagem-objeto. Na Parte I, é abordada a composição mais extensa de toda a produção poética do autor de “Trivium”, “Visão do Último Trem Subindo ao Céu”, texto que recebe da análise a denominação de mito-poema. Na Parte II, estão contidos outros enfoques da relação entre a ciência e o mito, sempre dentro da mesma perspectiva barthesiana utilizada para o trabalho com o material da Parte I.

» E-book disponível para acesso na Sala de Leitura César Leal - Centro de Artes e Comunicação - Campus UFPE

7 de abril de 1983

Miriam Nunes Cavalcanti

O Discurso Científico do Professor

Orientação: Luiz Antônio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística

Resumo: A presente dissertação trata de um tipo específico de discurso, o discurso científico do professor, com o objetivo de identificar alguns elementos fundamentais para a sua caracterização. Com base no método de análise de Pêcheux, a autora apresenta um esquema informacional, no qual integra a terminologia científica como o aspecto “crucial” do item código comum, e registra nele a presença do estudante, representando condição de recepção, destacando ainda o elemento intersubjetividade da fórmula de Benveniste. Assim, o discurso é visto de acordo com a ótica pêcheuriana, porém, com duas alterações fundamentais: a) no quadro de imagens está o discurso do aluno, que aqui tem função fundamental, como um dos elementos do processo de produção do discurso; b) a inclusão de um novo quadro, no qual se computa o elemento intenção, inspirado na teoria dos atos ilocutórios e perlocutórios de Austin e na ótica de Osakabe. Da análise dos protocologos verbais que constituíram o corpus deste trabalho, ressalta a tentativa de detectar a estrutura argumentativa, através de uma visão retórica, conforme Aristóteles e Perelman, concluindo-se pela predominância este silogismo entimêmico. E, finalmente, outro aspecto que particulariza este discurso é a terminologia científica, indissociável da linguagem didática utilizada.

» Dissertação disponível em breve.