Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE

27 de dezembro de 1985

Gilza Macedo dos Santos

Análise de Erros Morfossintáticos de Estudantes Brasileiros de Língua Francesa: os determinantes

Orientação: Adair Pimentel Palácio e Francisco Gomes de Matos
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Com a finalidade de investigar os erros morfossintáticos de estudantes universitários de língua francesa no que concerne aos determinantes dentro do grupo nominal, realizamos uma análise de erros diferentes da análise contrastiva. Para tanto, trinta e dois estudantes do tipo 2° semestre de Letras foram submetidos a três tipos de testes (tradução, lacuna e intuição – julgamento de aceitabilidade). Colheram-se 1.230 erros, dos quais 822 se originaram de interferência da língua portuguesa, 368 de supergeneralização de regras da língua francesa e 40 tiveram origens diversas. Acreditamos que as informações contidas neste trabalho poderão ser úteis para pesquisadores, professores e alunos de língua estrangeira.

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11 de dezembro de 1985

Diana Lucia Codeceira Tyrrasch

O Histórico e o Ficcional em Memórias do Cárcere

Orientação: Sebastien Joachim
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Este trabalho parte de um novo enfoque sobre a literariedade do gênero autobiográfico, bem como de uma avaliação de alguns estudos críticos que analisaram o universo ficcional e não-ficcional de Graciliano Ramos, apresentando, em seguida, alguns pontos fundamentais sobre a relação história e literatura para, finalmente, deter-se na análise da narrativa de “Memórias do Cárcere”. A reflexão sobre o gênero autobiográfico e suas diversas formas serve de orientação técnica para a leitura crítica de Memórias do Cárcere, obra escolhida por nós por apresentar, de modo singular, a dicotomia real x ficção, presente em toda a obra de arte literária. O nosso objetivo final é mostrar como essa dicotomia não só reconstrói a prática social do ser engajado Graciliano, mas, sobretudo, a prática literária, que faz de Memórias do Cárcere uma obra extraordinária.

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13 de setembro de 1985

Maria do Socorro Rosas

O Fantástico e Ideológico em “Não Verás País Nenhum” de Ignácio de Loyola Brandão

Orientação: Sebastien Joachim
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Considerando o gênero fantástico e o ideológico, propõe-se precisar uma definição deles: o fantástico como forma de expor o horror, neutralizando a censura; o ideológico, uma visão do mundo e um sistema de valores. Para tanto, com aplicação de um modelo literário estrutural, tentou-se inquirir a conexão fantástico/ideológico. Baseando-se na análise aplicada, foi possível perceber o modo particular de funcionamento do fantástico/ideológico como artifício narrativo numa perspectiva de evasão do real e escapatória da censura.

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22 de agosto de 1985

Rachel de Hollanda Costa

A Compreensão de Textos Escritos em Francês: uma proposta lingüístico-metodológica

Orientação: Francisco Gomes de Matos
Área de Concentração: Linguística

Resumo: A compreensão de textos escritos em língua estrangeira exige do leitor alguns conhecimentos a respeito do funcionamento dessa língua, das funções da linguagem, dos atos de fala, das noções de comunicação e de recepção, dos conhecimentos acumulados na memória. O presente estudo, que analisa aspectos lingüísticos, extralingüísticos e metodológicos que envolvem o ato de ler, baseou-se em experiências realizadas nas aulas de Francês Instrumental, em diferentes cursos da UFPE, que tinham como objetivo a compreensão de textos escritos. As reflexões sobre a experiência realizada e seus resultados pretendem ser uma contribuição para as pesquisas feitas no campo do ensino da língua estrangeira, no Brasil.

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15 de agosto de 1985

Neide Rodrigues de Souza Mendonça

Um estudo da prosa institucional: subsídios para a desburocratização lingüística

Orientação: Francisco Gomes de Matos
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Partindo das dificuldades de compreensão encontradas pelos usuários de textos institucionais escritos em linguagem burocrática, e verificando também que o Programa Nacional de Desburocratização não contemplou o aspecto lingüístico do problema, este trabalho aborda, no campo da lingüística aplicada, os problemas ocasionados pela produção e consumo da prosa institucional analisada quanto à clareza, inteligibilidade, economia e adequação lingüística dos textos. O corpus lingüístico consiste de regulamentos, formulários, manuais dos usuários de bens de serviço, manuais do funcionário e outros, publicações de autarquias, repartições e empresas públicas e privadas. Os referidos textos são analisados sob alguns aspectos lexicais, sintáticos, semânticos e retóricos. Ao final, apresentamos algumas sugestões práticas de desburocratização lingüística sob a forma de exercícios. Através da comparação de documentos na versão original e simplificada, nosso trabalho propõe algumas soluções para o aprimoramento da redação de textos institucionais, tornando-os mais acessíveis e adequados para usuários alfabetizados da língua portuguesa, isto é, aquele que têm um domínio da leitura e da escrita suficiente para suas necessidades comunicativas no contexto em que vivem.

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12 de agosto de 1985

Ivone de Lucena Figueiredo

A Frase nos Textos Técnicos e Literários

Orientação: Gilda Lins de Araújo
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Considerando a omissão do termo frase na Nomenclatura Gramatical Brasileira – NGB, propomos uma análise lingüística da frase, reconhecendo-a como unidade superior do enunciado e redefinido-a numa dimensão que vai desde a simples interjeição ao enunciado mais longo e mais complexo. Embora o campo de trabalho tenha sido a sintaxe, recorremos paralelamente à morfologia e, especialmente, à semântica por serem áreas que também investigam a frase. Para tanto, buscamos os processos sintáticos de coordenação e subordinação, verdadeiros meios configurativos de sua forma e de sua expansão, bem como a análise em Constituintes Imediatos, que lhe dão composição gramatical. Baseando-nos nesta análise, investigamos como a frase se apresenta em textos técnicos e literários cujas conseqüências chegam às características específicas, e às diferenças mais pertinentes entre eles.

» Dissertação disponível em breve.

8 de agosto de 1985

Maria da Glória de Albuquerque Nascimento

Redundância e Elipse Sintáticas na Fala do Pescador da Ilha de Itamaracá

Orientação: Francisco Gomes de Matos
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Esta pesquisa, realizada de 01/10/1982 a 30/06/1983, se propôs a investigar alguns aspectos do comportamento comunicativo de um grupo profissional que vive da pesca artesanal exercida na ilha de Itamaracá. Através da análise dos elementos repetitivos e/ou omissos do enunciado, dentro de um ato de fala, em contexto natural, identificaram-se os tipos de sintagmas que são predominantemente redundantes e elípticos. A interpretação desses fenômenos sintáticos – redundância e elipse – focaliza especialmente os sintagmas: nominal, verbal e adverbial. Assim, vimos os aspectos redundantes relacionados ao sintagma nominal principalmente a repetição do sujeito nas formas “pronominais”. No sintagma verbal, distinguiu-se o uso redundante do verbo “ser” como reforço de “afirmação”. E, no que se refere ao sintagma adverbial, deu-se ênfase à “reduplicação da negação” com o vocábulo “não” e outras palavras de sentido negativo. No sintagma nominal destacamos, sobretudo, as formas elípticas. Finalmente, procurou-se estabelecer um paralelismo entre os padrões lingüísticos de falantes desta comunidade de pescadores e os de falantes da norma lingüística culta da capital pernambucana. Objetivou-se, desse modo, detectar variantes do Português na linguagem falada por dois grupos pertencentes a classes sociocultural e econômica diferentes.

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13 de março de 1985

Flávia Suassuna

Trans-forma-ação: a personagem

Orientação: Irma Chaves Monteiro
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Este trabalho consta de uma reflexão sobre a personagem literária, através do romance “Sargento Getúlio”, de João Ubaldo Ribeiro. Nele, queremos mostrar que a personagem, através da ação, completa-se como tal – feixe de palavras e relações: cadeia sintática; misto de aparência e inaparência. Desse modo, temos, neste trabalho, uma reflexão sobre o que é a literatura e o mundo que a cerca e também a faz; temos uma revisão de concepções acerca da literatura; temos uma amostra de como a palavra é ela mesma e também, algo que não é ela. A metodologia, assim, é a busca, antes de mais nada – busca no próprio texto do “Sargento Getúlio”. Ela é formada, na medida mesma do percurso do romance, para relevar pontos teóricos que vimos ser tratados no texto. Pontos esses que, estamos certos, parecem depender do analista: este acha no texto aquele ponto cuja existência determina, de alguma maneira, sua preocupação. Assim, teremos no “Sargento Getúlio” seu auto conhecimento como personagem – o que não impede que, nele, achem-se outros e inusitados percursos.


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