Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE

7 de dezembro de 1989

Marlos de Barros Pessoa

Atitudes Lingüísticas de Professores da Área de Língua Portuguesa em Escolas Públicas na Região Metropolitana do Recife

Orientação: Adair Pimentel Palácio
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Este trabalho objetiva a identificação de atitudes lingüísticas de professoras de língua portuguesa e metodologia da língua portuguesa em relação à variedade não prestigiosa do português em escolas públicas de magistério na Região Metropolitana do Recife, ademais a pesquisa aponta mecanismos reprodutores de tais atitudes dentro da escola. Ao final, apresentamos uma proposta para a capacitação dessas professoras que visam combater essas atitudes através da conscientização. Tomando uma amostra intencional de professoras e alunos, utilizando o “matched-guise technique”, montamos alguns instrumentos para coleta de dados, buscando captar atitudes discriminatórias em relação à variação social dentro da Língua Portuguesa, identificada entre alunos de escolas públicas, em comparação com a fala de alunos de camadas mais privilegiadas, todos do 1º grau da nossa região. Detectadas as atitudes lingüísticas, francamente preconceituosas em relação aos usos dos alunos de escola pública – além de outras atitudes acientíficas e acríticas sobre a linguagem -, e partindo do papel da escola enquanto reprodutora da ideologia dominante, mostramos como, através da gramática normativa, no capítulo “vícius de linguagem”, e dos conteúdos programáticos das disciplinas Língua Portuguesa e Metodologia da Língua Portuguesa, se mantém essa reprodução, concretizada na negação da variação lingüística. Em face dos resultados, urge que a Secretaria de Educação do Estado desenvolva um trabalho de capacitação com essas professoras para que elas possam superar o seu atual estado de ideologização. Por isso, apresentamos uma proposta para “desvelamento da ideologia para compreensão do funcionamento desta sociedade”; “apreensão do aspecto social da linguagem”; e “estudo da fala, como forma de combate ao preconceito lingüístico”.


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