Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE

28 de agosto de 1992

Virgínia Colares Soares Figueirêdo Alves

A Decisão Interpretativa da Fala em Depoimentos Judiciais

Orientação: Luiz Antonio Marcuschi e Judith Hoffnagel
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Este trabalho busca demonstrar que a consignação de depoimentos judiciais decorre de decisões interpretativas efetuadas durante a tomada dos depoimentos. Os dados aqui analisados foram coletados durante audiências de instrução e julgamento na Justiça pernambucana. A análise subdivide-se em dois estágios: o primeiro, observacional, que compreende a descrição etnográfica do evento e a tomada de depoimento; o segundo, descritivo-explicativo, que culmina com a classificação das transformações processadas a partir do depoimento, no ato da elaboração do documento da audiência. As análises realizadas evidenciam que o registro escrito do depoimento oral apresenta certas discrepâncias sob o ponto de vista proposicional (no plano do conteúdo) atribuíveis às condições de produção da fala, já que a própria estrutura do evento impõe mediação do texto-depoimento para o texto-documento. Essa passagem implica processos de organização da textualidade que possibilitam decisões interpretativas.

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21 de agosto de 1992

Ladjane Maria Farias de Souza

A Conversão da Desordem: leitura do imaginário de “Poemas” de Murilo Mendes

Orientação: Sebastien Joachim
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Dissertação originalmente sem resumo.

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18 de agosto de 1992

Aldir Santos de Paula

Poyanawa, a Língua dos Índios da Aldeia Barão: fonologia e aspectos fonológicos e morfológicos

Orientação: Adair Pimentel Palácio
Área de Concentração: Linguíistica

Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar a fonologia e alguns aspectos da morfologia da língua Poyanáwa, família Pano, que é falada por aproximadamente doze índios da aldeia Barão, no município de Mâncio Lima, Estado do Acre. A nível segmental será apresentado o inventario consonantal e vocálico (fonético e fonêmico) e a nível supra-segmental o padrão acentual. Os padrões silábicos da língua, assim como alguns aspectos morfológicos: estruturas nominal, verbal e pronominal serão analisadas. Esperando oferecer um retorno de cunho social à nação Poyanáwa, será apresentada uma proposta de alfabeto que, possivelmente, irá de encontro aos anseios do grupo nas áreas educacional e cultural.

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6 de agosto de 1992

Angela Paiva Dionisio

A Interação nas Narrativas Orais

Orientação: Judith Hoffnagel
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Este trabalho dedica-se ao estudo das estratégias interacionais utilizadas pelos interlocutores no processo de construção de narrativas espontâneas em conversas naturais. As narrativas analisadas foram produzidas por falantes analfabetos, moradores de uma comunidade semi-isolada do interior da Paraíba. Após uma investigação comparativa entre as modalidades narrativas e as categorias étnicas da comunidade, centralizaram-se as análises nas estratégias interacionais empregadas pelo narrador e pela audiência. Os narradores recorrem a três estratégias: (a) o ato de narrar em si, (b) a organização tópica dos blocos narrativos e (c) as ações narrativas. A audiência, por sua vez, comporta dois tipos de interlocutores, que apóiam o narrador, manifestam oito tipos de apoio: (a) apoio pelo endosso, (b) apoio pela repetição, (c) apoio pela avaliação, (d) apoio pela complementação, (e) apoio pela suplementação, (f) apoio pela indagação, (g) apoio pela resposta e (h) apoio pela explicação. Já o ouvinte contribui pelo monitoramento do discurso do narrador e pelo incentivo a terminar a estória. Conclui-se que (a) o texto narrativo é co-produzido, (b) as funções desempenhadas pelos falantes estão diretamente relacionadas com as contribuições por estes realizadas e (c) a distinção entre formas e funções das contribuições da audiência não possui limites estanques, pois se constata a co-ocorrência de estratégias interacionais do ouvinte e do falante secundário numa mesma intervenção.

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