Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE

31 de março de 1999

Ana Cláudia Rodrigues Gonçalves

Utilização da Teoria dos Traços Distintivos no Trabalho com a Substituição das Consoantes Sonoras Homorgânicas nos Desvios Fonológicos: um estudo de caso”

Orientação: Marígia Ana de Moura Viana
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Esta dissertação de mestrado, intitulada “Utilização da Teoria dos Traços Distintivos no Trabalho com a Substituição das Consoantes Sonoras Homorgânicas nos Casos de Desvio Fonológicos: um estudo de caso”, objetiva entender a dificuldade de percepção produtiva do traço de sonoridade das consoantes sonoras homorgânicas, utilizando a Teoria dos Traços Distintivos (TTD), e com base nessa teoria elaborar um plano terapêutico visando a facilitar a aquisição do traço em questão. Algumas crianças com idade acima de quatro anos não apresentam nenhuma alteração orgânica, mas muitas vezes chegam aos consultórios com dificuldades em adquirir um sistema de contraste de sons em graus variados. Com o avanço dos estudos lingüísticos, o termo desvio fonológico passa a ser utilizado para designar esse tipo de alteração. O problema está além de uma simples imprecisão articulatória, o que também não descarta a sua presença. A TTD (Chomsky & Halle, 1968) tem sido de grande auxílio no tratamento e prognóstico dos quadros de Desvio Fonológico e tem confirmado a visão de que a língua não varia sem limites, mas reflete um único modelo geral. Baseado nisso, foi observado que os “erros” articulatórios das crianças são sistemáticos e não afetam um único som, mas um conjunto de fonemas e representam um traço em comum; logo, eles devem ser descritos como “erros” em traços distintivos. A aplicação da terapia elaborada com base na TTD mostrou ser eficaz no tratamento do desvio fonológico, diminuindo o tempo de terapia, visto que quando o traço alterado é adquirido todos os fonemas que apresentam esse traço são adquiridos automaticamente favorecendo uma automatização mais rápida.

» E-book disponível para acesso na Sala de Leitura César Leal - Centro de Artes e Comunicação - Campus UFPE

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