Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE

30 de dezembro de 1999

Edilene Soares das Neves

A Construção social e Intertextual em “A Sombra Severa” de Raimundo Carrero

Orientação: Roland Walter
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: O presente trabalho tem a intenção de enfocar como a intertextualidade - relação dialógica estabelecida não só ente o texto, mas com os outros - na obra Sombra Severa, de Raimundo Carrero, se constrói enquanto paradigma das obras literárias. Ao constituir e reconstruir a narrativa sagrada, Carrero mergulha nas entranhas do ser humano, rastreando o dilaceramento e o arrependimento da humanidade. É a fusão simbólica das narrativas que cria o imaginário literário da realidade, apontando caminhos para que se compreenda o cotidiano da vida e a desumanização da humanidade.

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20 de dezembro de 1999

Sílvia Fernanda Medeiros Maciel

Nomes, Tempos e Lugares Mágicos: leituras psicológicas dos livros infantis de Raquel de Queiroz

Orientação: Luzilá Gonçalves Ferreira
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Esta dissertação resulta da leitura dos três livros infantis de Rachel de Queiroz - O Menino mágico, Cafute e Pena-de-prata e Andira - a partir de teorias psicológicas distintas. Demonstrando a possibilidade de interdisciplinaridade entre literatura e psicologia, cada capítulo trata de um aspecto distinto dos livros objeto-de-estudo e tem como base uma teoria psicológica específica. o primeiro capítulo trata da questão dos nomes, estudados a partir da lingüística, da psicologia da linguagem e da psicanálise. O segundo, fala do tempo e se baseia na Psicologia do Desenvolvimento. O terceiro, trata dos lugares, das histórias e se estrutura, principalmente, a partir da Psicologia Ambiental. São, portanto, independentes, pois tratam de temas distintos. A interrelação entre eles se dá por uma identidade na diferença: todos partem dos três livros de Rachel de Queiroz para falar das teorias, exemplificando-as e discutindo-as a partir deles. Pôde-se concluir, depois da análise desses três aspectos, que a idéia de pares é uma constante nos livros analisados e que o último livro - Andira - representa uma síntese dessa noção, tanto no que diz respeito à personagem, quanto à idéia de tempo e aos lugares onde se desenrola a história.

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16 de dezembro de 1999

Marlon Freire de Melo

Tipos Sociais, Tipos Literários: uma análise sócioliterária do teatro e romance franceses dos Séculos XVII e XVIII

Orientação: Luzilá Gonçalves Ferreira
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Uma monografia sobre a história da sociedade francesa, à luz da dramaturgia e literatura francesas dos séculos XVII e XVIII. A pesquisa tenta demonstrar que a história literária não pode ser de modo algum dissociada da história social, e utiliza para isso dois de seus elementos mais apreciados na época: o teatro e o romance. As cortes de Luís XIV, Luís XV e Luís XVI eram estreitamente ligadas à produção literária e teatral. Analisando algumas peças e alguns romances publicados nesse período, nós fazemos um rápido percurso na vida social dos séculos XVII e XVIII.

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13 de dezembro de 1999

Hugo Monteiro Ferreira

Literatura Bojunguiana: (re)construção do imaginário infantil

Orientação: Ricardo Bigi de Aquino
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: O presente trabalho visa analisar a influência que a leitura das obras literárias infanto-juvenis A bolsa amarela (1976) e A casa da madrinha (1978), de Lygia Bojunga Nunes, exerce na formação de imagens na e pela mente humana. Considerando que o projeto ficcional bojunguiano propõe a construção incessante de novos significados a partir da inter-relação texto/leitor, podemos dizer que as imagens constituintes do imaginário são reconstituídas à medida que o processo da leitura se efetiva.

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10 de dezembro de 1999

Paulo César Souza García

A Cidade do Olhar: a expressão viva em “A Cidade Sitiada” de Clarice Lispector

Orientação: Sebastien Joachim
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: A cidade é vista como uma rede semiótica especular, pressupondo uma teia de signos, que a informa através do olhar. Pronta para determinar argumentos e valores instigantes ou quem sabe, matéria viva, expressiva. O ato de espiar é incessante na cidade-texto de Clarice Lispector, pois corresponde à expressão do ver, do sentir, do ouvir, do perceber, do imaginar. As coisas expressam qualidades traduzidas por sensações que emergem através do contato do sujeito com o espaço. Desse modo, a aparência constitui uma provação e o imaginário uma provocação. Ambos são resgatados no deparar do grande com o pequeno. O acaso e os instintos são proporcionados na textura da cidade com o intuito de promover a presença do ser que se destaca, pinta e borda pelas margens do texto.

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7 de dezembro de 1999

Virgínia Colares Soares Figueirêdo Alves

Inquirição na Justiça: estratégias lingüístico-discursivas

Orientação: Luiz Antonio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística (Doutorado)

Resumo: Este estudo discute a noção wittgensteineana de jogo de linguagem a partir da análise de blocos seqüenciais de enunciados extraídos de audiências jurídicas autênticas. A análise desses fragmentos identifica estratégias lingüístico-discursivas na atividade social de inquirir na justiça. Aborda-se o funcionamento estratégico a partir da noção de atividade (Wittgenstein, 1953), retomada pela etnometodologia como episódio (Hymes, 1962) e evento comunicativo (Saville-Troyke, 1982) e pela pragmática como evento de fala (Gumperz, 1982) e tipo de atividade (Levinson,1978), numa perspectiva sócio-pragmática na qual o papel das relações interpessoais e os contextos sociais imediatos interferem nos diversos processos de inferência. Teóricos como Grice (1975), Searle (1975), Gumperz (1982), Levinson (1981), Streeck (1980), Brown (1986), Kasper (1981), Tannen (1985), Dascal (1986) e Koch (1998) são discutidos para tratar a questão da produção de sentido na interação. O tratamento da pergunta-resposta, estrutura da inquirição, fundamenta-se nos estudos de Levinson (1989), Atkinson & Drew (1979), Danet et al (1976), Stenströn (1984), Marcuschi (1986), Moeschler (1986), Hintikka (1994), entre outros. Este trabalho demonstra o anacronismo da concepção de língua, que opera com significados estáticos, apresentado na literatura sobre a hermenêutica jurídica, assim como aponta a falsa analogia da linguagem jurídica com linguagens artificiais, mostrando que o direito utiliza-se da língua ordinária, comum e natural, sendo as normas jurídicas lingüisticamente formuladas e a prática forense estrategicamente articulada, num dos tantos vocabulários profissionais especializados.

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