Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE

17 de dezembro de 2002

Carlos Adreson da Silva

Uma Análise Fonológica Segmental do Inglês de Aprendizes Brasileiros e o Ensino de Pronúncia numa Perspectiva Sociointeracionista e Internacional: progressos, dificuldades e sugestões para o processo pedagógico

Orientação: Marígia Ana de Moura Viana
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Este trabalho visa a oferecer subsídios ao ensino de língua inglesa para brasileiros por meio de uma análise fonológica segmental do inglês falado por esses sujeitos e de um repensar do processo numa perspectiva holística sócio-interacionista e internacional, conciliando produto e processo. A tradição analítica, nesta área, tem sido a de enfocar o produto/estrutura e não a interação. Nesta pesquisa, reconhecemos a validade da descrição lingüística e buscamos refletir criticamente sobre o ensino de pronúncia do inglês. Para se conhecer de forma básica o resultado/produto fonológico do aprendizado de alunos brasileiros, foram coletadas produções orais de 6 (seis) alunos da Graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco, por meio de dois instrumentos: primeiro, conversas entre os alunos, em grupos pequenos, e, depois, a leitura individual de uma lista de palavras contendo os fonemas do inglês em diferentes contextos fônicos. Posteriormente analisaram-se os dados coletados, com base num contraste teórico entre o sistema desta língua e do português. Como parâmetro para o português, foi considerada a descrição minuciosa e atual de Cristófaro Silva (2001) e para o inglês, o modelo fonológico de Jekins (2000) para o uso/ensino desta língua internacionalmente, algumas vezes com menção às variedades britânica e americana padrão, no que se julgou necessário. Para uma melhor interface fonologia-ensino, tendo em vista a centralidade do aluno no processo pedagógico, aplicou-se um questionário para obter dados pessoais e a percepção dos alunos quanto à pronúncia de língua estrangeira (especialmente inglês) e o seu ensino numa perspectiva mais processual. Como resultados práticos, buscamos observar as dificuldades de pronúncia encontradas pelo falante brasileiro de português no aprendizado da língua inglesa e, pela utilização de exercícios/procedimentos que enfoquem essas dificuldades, identificar formas para superá-las. Por fim, sugere-se um trabalho pedagógico que enfoque não só o produto fonológico, mas também o processo de negociação da inteligibilidade, área relevante e carente de estudos. Como contribuição adicional, pensou-se a fonologia de uma forma mais abrangente e atual, evitando vê-la como elemento estático do código, não negociado nos diversos contextos reais.

» E-book disponível para acesso na Sala de Leitura César Leal - Centro de Artes e Comunicação - Campus UFPE

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