O Gesto de Apontar como Processo de Co-Construção na Interação Mãe-Criança
Orientação: Luiz Antonio Marcuschi e Maria da Conceição D. P. de Lyra
Área de Concentração: Linguística
Resumo: Abordando a perspectiva que concebe o desenvolvimento da comunicação como um processo dialógico entre parceiros (De Lemos, 1985; Fogel, 1993; Lyra & Rossetti-Ferreira, 1993), esta dissertação de mestrado focaliza o desenvolvimento do gesto de apontar, considerado na literatura como um dos precursores da referência lingüística (Werner e Kaplan, 1963; Clark, 1978; Wales, 1979; Bates; Marcos, 1992), que emerge entre o primeiro e o segundo ano de vida da criança. Com este objetivo, foram efetuados quinzenalmente registros em vídeo cassete de uma díade mãe-criança em situação natural, entre os treze e vinte meses de vida da criança. Concebendo o gesto de apontar como um elemento do processo comunicativo que se desenvolve a partir de um processo de co-construção diádica, os dados analisados sugerem um processo de transformação que pode ser descrito ao longo de três momentos de construção do gesto durante o período observado, ou seja: primeiro o apontar parece ser usado pela criança como um novo elemento, como um gesto especular já usado pelo adulto. Neste momento, a morfologia conversacional do apontar é mais freqüente, o olhar dirigido ao parceiro é pouco freqüente, as vocalizações se assemelham a gritos e o episódio interativo se apresenta com pouca quantidade de turnos entre os parceiros. No momento posterior, o gesto de apontar assume diferentes morfologias – a criança utiliza-se de ambas as mãos, usando dois, três, quatro dedos ou toda a mão para apontar; o direcionamento do olhar para o parceiro é mais freqüente que no momento anterior; as vocalizações aproximam-se de palavras, destacando-se uma maior freqüência no uso da entoação alta; o número de turnos aumenta, evidenciando a presença de um elevado grau de “stress” nos episódios interativos, através de um tipo de “elaboração” na forma motor/gestual. No terceiro momento, o apontar parece mais evidente em sua morfologia conversacional; as vocalizações são similares a palavras da linguagem verbal; o número de turnos apresenta-se mais reduzido e os episódios menos “stressados”, salientando que o tipo de “stress” apresentado neste momento se evidencia mais através da vocalização do que através de uma “elaboração” na forma motor/gestual. O apontar é discutido como um elemento comunicativo co-construído através de um processo de negociação co-regulada entre os parceiros, ao longo do tempo. As peculiaridades do processo de co-regulação dos parceiros estabelecidas através de formas de extensão e abreviação das interações são discutidas como perspectivas para se descrever o processo de co-construção do gesto de apontar.
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Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE
26 de setembro de 1994
27 de junho de 1994
Maria Lucia Ferreira de Figueiredo Barbosa
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Letras Digitais
Análise de Respostas a Elogios na Conversação
Orientação: Luiz Antonio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística
Resumo: Este trabalho examina o comportamento lingüístico de receptores de elogios. As ações de preferência e de despreferência aos elogios são analisadas a partir de estudos da Teoria da Polidez Lingüística (Lakoff, 1975 e Brown e Levinson, 1987). O corpus é formado por falantes de ambos os sexos e compreende 100 elogios e 100 respostas, coletadas em situação informal e 60 elogios e 60 respostas coletadas em situação formal. Segundo os dados pesquisados, os receptores de elogios tendem a discordar e a evitar os elogios, sobretudo quando são elogiados diretamente. Regras culturais subjazem proferimentos e respostas a elogios. Por vezes, as regras são diferentes para homens e mulheres. Em situação informal, por exemplo, as mulheres proferem muito mais elogios do que os homens e discordam muito mais dos elogios do que estes. Já em situação formal, os homens elogiam seus interlocutores, mas discordam dos elogios com mais freqüência do que as mulheres. De modo geral, as diferenças observadas no comportamento lingüístico de proferidores e receptores de elogios são o reflexo das diferenças nos papéis sociais a serem desempenhados por falantes e ouvintes de ambos os sexos.
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Orientação: Luiz Antonio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística
Resumo: Este trabalho examina o comportamento lingüístico de receptores de elogios. As ações de preferência e de despreferência aos elogios são analisadas a partir de estudos da Teoria da Polidez Lingüística (Lakoff, 1975 e Brown e Levinson, 1987). O corpus é formado por falantes de ambos os sexos e compreende 100 elogios e 100 respostas, coletadas em situação informal e 60 elogios e 60 respostas coletadas em situação formal. Segundo os dados pesquisados, os receptores de elogios tendem a discordar e a evitar os elogios, sobretudo quando são elogiados diretamente. Regras culturais subjazem proferimentos e respostas a elogios. Por vezes, as regras são diferentes para homens e mulheres. Em situação informal, por exemplo, as mulheres proferem muito mais elogios do que os homens e discordam muito mais dos elogios do que estes. Já em situação formal, os homens elogiam seus interlocutores, mas discordam dos elogios com mais freqüência do que as mulheres. De modo geral, as diferenças observadas no comportamento lingüístico de proferidores e receptores de elogios são o reflexo das diferenças nos papéis sociais a serem desempenhados por falantes e ouvintes de ambos os sexos.
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30 de maio de 1994
Luiz Cláudio Ribeiro de Pinho
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Letras Digitais
O Mundo do Poeta Negro – Uma Interpretação dos Últimos Sonetos de Cruz e Sousa
Orientação: Ivaldo Santos Bittencourt
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: Dissertação originalmente sem resumo.
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Orientação: Ivaldo Santos Bittencourt
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: Dissertação originalmente sem resumo.
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16 de maio de 1994
Maria Marta dos Santos Silva Nóbrega
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Letras Digitais
Sujeição x Perversão na Escritura Rosiana (Abordagem aos Textos: “O Recado do Morro”, “Pirlimpsiquice” e “A Terceira Margem do Rio”)
Orientação: Ivaldo Santos Bittencourt
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo analisar os textos “O Recado do Morro, Pirlimpsiquice” e “A Terceira Margem do Rio”, de João Guimarães Rosa, em seu aspecto conteudístico, na tentativa de relacionar ideologia/teoria da literatura, propondo elementos de uma teoria da literatura comprometida com a desmitificação da realidade lingüística como portadora única do sentido textual. O experimento objetiva fornecer subsídios para o desenvolvimento dessa proposta. Consta de um estudo da teoria da literatura que busca se abastecer com as contribuições da ideologia para a sondagem da obra literária. A investigação é realizada a partir da compreensão da ideologia como uma prática simbólica das relações estabelecidas entre os indivíduos de uma dada sociedade que expressa interesses conflituosos das classes dominante e dominada. A ideologia tem ao lado de um nível abstrato, uma dimensão concreta. E nesta dimensão encontra-se a literatura, marcada pelo senso do concreto – emissor e receptor -, cuja falta é requisitada pelo uso da palavra. Material primordial na construção textual. Assim, uma teoria da literatura comprometida com o relacionamento intersubjetivo se constituirá como uma nova prática de construção textual. Possibilita o fazer e o refazer textual, se amplia e se aperfeiçoa pelo seu confronto com os textos já produzidos. A escritura roseana indica que a ruptura (perversão) textual instiga, problematiza e abala os valores predominantes na construção literária. Ao mesmo tempo em que sugere a necessidade de transformar o relacionamento do homem em sociedade, encarcerado pelas instituições.
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Orientação: Ivaldo Santos Bittencourt
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo analisar os textos “O Recado do Morro, Pirlimpsiquice” e “A Terceira Margem do Rio”, de João Guimarães Rosa, em seu aspecto conteudístico, na tentativa de relacionar ideologia/teoria da literatura, propondo elementos de uma teoria da literatura comprometida com a desmitificação da realidade lingüística como portadora única do sentido textual. O experimento objetiva fornecer subsídios para o desenvolvimento dessa proposta. Consta de um estudo da teoria da literatura que busca se abastecer com as contribuições da ideologia para a sondagem da obra literária. A investigação é realizada a partir da compreensão da ideologia como uma prática simbólica das relações estabelecidas entre os indivíduos de uma dada sociedade que expressa interesses conflituosos das classes dominante e dominada. A ideologia tem ao lado de um nível abstrato, uma dimensão concreta. E nesta dimensão encontra-se a literatura, marcada pelo senso do concreto – emissor e receptor -, cuja falta é requisitada pelo uso da palavra. Material primordial na construção textual. Assim, uma teoria da literatura comprometida com o relacionamento intersubjetivo se constituirá como uma nova prática de construção textual. Possibilita o fazer e o refazer textual, se amplia e se aperfeiçoa pelo seu confronto com os textos já produzidos. A escritura roseana indica que a ruptura (perversão) textual instiga, problematiza e abala os valores predominantes na construção literária. Ao mesmo tempo em que sugere a necessidade de transformar o relacionamento do homem em sociedade, encarcerado pelas instituições.
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20 de dezembro de 1993
Dilma Tavares Luciano
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Letras Digitais
O Papel dos Padrões Entoacionais na Fala do Professor na Organização do Discurso em Sala de Aula
Orientação: Marígia Ana Viana de Moura
Área de Concentração: Linguística
Resumo: Este trabalho investiga os padrões entoacionais na fala do professor no fornecimento de pistas para a organização do discurso na interação. Foi utilizado para análise, o texto verbal produzido em duas aulas de língua inglesa no terceiro grau. Centralizando-se as análises na impressão tonal sobre os elementos responsáveis pela indicação da intenção comunicativa do professor na organização e na progressão do conteúdo da aula. A observação dos tons amplia a definição dos marcadores de fronteira da teoria sinclaireana (1982) bem como modifica o modelo de Sinclaire no tocante a segmentação dos enunciados. São consideradas as anuidades tonais da teoria interacional do tom de Brazil (1985). Os aspectos organizacionais que servem à análise dos tons são: as molduras de abertura e fechamento, o foco, o início e as transações. Seguem-se os seguintes passos: (a) agrupamento das ocorrências de moldura de abertura com tons informativos (p), alusivos (r) e neutros (o); (b) listagem dos fechamentos que não apresentam molduras; e (c) análise por grupo de tom das implicações interacionais decorrentes dessas escolhas tonais. Conclui-se que o tom participa da organização da informação auxiliando a coerência do discurso que conduz ao melhor aproveitamento das informações negociadas na interação.
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Orientação: Marígia Ana Viana de Moura
Área de Concentração: Linguística
Resumo: Este trabalho investiga os padrões entoacionais na fala do professor no fornecimento de pistas para a organização do discurso na interação. Foi utilizado para análise, o texto verbal produzido em duas aulas de língua inglesa no terceiro grau. Centralizando-se as análises na impressão tonal sobre os elementos responsáveis pela indicação da intenção comunicativa do professor na organização e na progressão do conteúdo da aula. A observação dos tons amplia a definição dos marcadores de fronteira da teoria sinclaireana (1982) bem como modifica o modelo de Sinclaire no tocante a segmentação dos enunciados. São consideradas as anuidades tonais da teoria interacional do tom de Brazil (1985). Os aspectos organizacionais que servem à análise dos tons são: as molduras de abertura e fechamento, o foco, o início e as transações. Seguem-se os seguintes passos: (a) agrupamento das ocorrências de moldura de abertura com tons informativos (p), alusivos (r) e neutros (o); (b) listagem dos fechamentos que não apresentam molduras; e (c) análise por grupo de tom das implicações interacionais decorrentes dessas escolhas tonais. Conclui-se que o tom participa da organização da informação auxiliando a coerência do discurso que conduz ao melhor aproveitamento das informações negociadas na interação.
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Cristina Teixeira Vieira de Melo
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Letras Digitais
As Revistas Semanais: o Esopo moderno
Orientação: Luiz Antonio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística
Resumo: O objetivo principal desta dissertação é mostrar como a revista Veja constrói suas reportagens com as características mais salientes de uma narrativa-gênero tradicionalmente ligada à produção literária. Verificamos que esse procedimento não inviabiliza, mas modifica o conceito de objetividade da informação jornalística. A narrativa noticiosa constitui uma estrutura textual capaz de conduzir a argumentação e, ainda, uma forma, ela mesma, de construção de sentido. Procuramos perceber, num corpus de dezenove reportagens, que categorias referenciais, nos níveis de texto e de discurso, são usadas nos textos de Veja. A nossa hipótese é a de que as sessões especializadas da revista possuem, como conseqüência de estratégias cognitivas, marcas lingüísticas próprias que exercem importantes e diferentes funções no estabelecimento do sentido e na propagação do discurso. Investigamos também as estratégias mais empregadas para envolver e persuadir o leitor, e defendemos a tese de que o jornalismo tem como objetivo central a formação de opinião e não a simples transmissão de informações. Assim, o discurso jornalístico recorre às mais diversas estratégias argumentativas para disseminar seus pontos de vista, procurando persuadir o leitor por meio de formas de dizer veladas. Buscamos, na reconstituição dos processos de implicitação, trazer à tona a maneira como Veja noticia os fatos. Para tanto, examinamos os mecanismos retóricos e estilísticos que estruturam e organizam o discurso, os resultados obtidos confirmam a narrativa com um tipo de texto usual do jornalismo e a argumentação como o ato lingüístico fundamental. Acreditamos que essas conclusões podem ser ampliadas quanto a outros periódicos. Sugerimos, por isso, a investigação da abrangência da forma narrativa e também das diversas estruturas específicas que esse gênero assume no jornalismo atual.
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Orientação: Luiz Antonio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística
Resumo: O objetivo principal desta dissertação é mostrar como a revista Veja constrói suas reportagens com as características mais salientes de uma narrativa-gênero tradicionalmente ligada à produção literária. Verificamos que esse procedimento não inviabiliza, mas modifica o conceito de objetividade da informação jornalística. A narrativa noticiosa constitui uma estrutura textual capaz de conduzir a argumentação e, ainda, uma forma, ela mesma, de construção de sentido. Procuramos perceber, num corpus de dezenove reportagens, que categorias referenciais, nos níveis de texto e de discurso, são usadas nos textos de Veja. A nossa hipótese é a de que as sessões especializadas da revista possuem, como conseqüência de estratégias cognitivas, marcas lingüísticas próprias que exercem importantes e diferentes funções no estabelecimento do sentido e na propagação do discurso. Investigamos também as estratégias mais empregadas para envolver e persuadir o leitor, e defendemos a tese de que o jornalismo tem como objetivo central a formação de opinião e não a simples transmissão de informações. Assim, o discurso jornalístico recorre às mais diversas estratégias argumentativas para disseminar seus pontos de vista, procurando persuadir o leitor por meio de formas de dizer veladas. Buscamos, na reconstituição dos processos de implicitação, trazer à tona a maneira como Veja noticia os fatos. Para tanto, examinamos os mecanismos retóricos e estilísticos que estruturam e organizam o discurso, os resultados obtidos confirmam a narrativa com um tipo de texto usual do jornalismo e a argumentação como o ato lingüístico fundamental. Acreditamos que essas conclusões podem ser ampliadas quanto a outros periódicos. Sugerimos, por isso, a investigação da abrangência da forma narrativa e também das diversas estruturas específicas que esse gênero assume no jornalismo atual.
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10 de dezembro de 1993
Carlos Alberto Domingues do Nascimento
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Letras Digitais
A conversação na psicose infantil: uma análise da organização tópica
Orientação: Judith Hoffnagel
Área de Concentração: Linguística
Resumo: Este trabalho objetiva o estudo da organização tópica da conversação de sujeitos portadores de Distúrbios Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação. Para tanto, analisamos um corpus de duas adolescentes que precocemente - aos dois anos - apresentaram este distúrbio. São abordadas duas propriedades do tópico discursivo: a centração e a progressão tópica. Para a primeira recorremos aos pré-requisitos que asseguram o estabelecimento do tópico: l - captação da atenção, 2 clareza, da articulação, 3 - identificação dos referentes e 4 -identificação da relação semântica entre os referentes. Em relação a segundo, definimos uma estrutura de participação em que observamos três papéis: falante primário, falante secundário e ouvinte. Estes estão relacionados à execução das açoes tópicas, das formas de apoio e dos sinais de atenção, respectivamente. Os resultados obtidos mostram que o participante psicótico além dos componentes da organização tópica de conversações não-psicótieas, apresentam alguns componentes que parecem característicos ao seu desempenho: l - cisma, 2 - referenciação descontextualizada, 3 reação irrelevante e 4 - quebra de tópico. Os três primeiros relacionam-se a centração e o segundo a progressão tópica. Concluímos que a organização tópica da conversação psicótica apresenta uma combinação dos componentes usados na conversação não-psicótica com aqueles que lhes são peculiares, desta forma, temos uma conversação cujo desenvolvimento é marcado pelo envolvimento/não-envolvimento e pela coopersção/não-cooperação.
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Orientação: Judith Hoffnagel
Área de Concentração: Linguística
Resumo: Este trabalho objetiva o estudo da organização tópica da conversação de sujeitos portadores de Distúrbios Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação. Para tanto, analisamos um corpus de duas adolescentes que precocemente - aos dois anos - apresentaram este distúrbio. São abordadas duas propriedades do tópico discursivo: a centração e a progressão tópica. Para a primeira recorremos aos pré-requisitos que asseguram o estabelecimento do tópico: l - captação da atenção, 2 clareza, da articulação, 3 - identificação dos referentes e 4 -identificação da relação semântica entre os referentes. Em relação a segundo, definimos uma estrutura de participação em que observamos três papéis: falante primário, falante secundário e ouvinte. Estes estão relacionados à execução das açoes tópicas, das formas de apoio e dos sinais de atenção, respectivamente. Os resultados obtidos mostram que o participante psicótico além dos componentes da organização tópica de conversações não-psicótieas, apresentam alguns componentes que parecem característicos ao seu desempenho: l - cisma, 2 - referenciação descontextualizada, 3 reação irrelevante e 4 - quebra de tópico. Os três primeiros relacionam-se a centração e o segundo a progressão tópica. Concluímos que a organização tópica da conversação psicótica apresenta uma combinação dos componentes usados na conversação não-psicótica com aqueles que lhes são peculiares, desta forma, temos uma conversação cujo desenvolvimento é marcado pelo envolvimento/não-envolvimento e pela coopersção/não-cooperação.
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29 de novembro de 1993
Alfredo Adolfo Cordiviola
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Letras Digitais
Os Tradutores de Deus. Nóbrega e Vieira: jesuítas no Brasil dos Séculos XVI e XVII
Orientação: Sebastien Joachim
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: Os Tradutores de Deus é um trabalho sobre literatura Jesuítica escrita no Brasil durante os séculos XVI e XVII. Postula, dentro dessa produção literária da Companhia de Jesus, uma linha de coerência que permite dar conta dos seus momentos mais destacados. Esses momentos estão representados por duas figuras que são emblemáticas em relação ao tempo histórico e ao projeto das missões Jesuíticas no Brasil. Essas figuras são, no século XVI, Manuel da Nóbrega, e, no século XVII, o Padre Antônio Vieira. O trabalho descreve, dentro do sistema literário jesuítico, uma determinada linha de coerência, aquela que surge com a fundação de um cânon de doutrina (o que supõe uma normativa e uma política: a dos aldeamentos), e termina nos escritos de uma figura excessiva, o Pe. Vieira. O objeto específico de estudo está formado pelas “Cartas” e pelo “Diálogo sobre a conversão do gentio” de Manuel da Nóbrega (que são lidas enquanto discursos fundadores do projeto Jesuítico), e pela “História do Futuro” de Antônio Vieira – texto que, entre outras coisas, reflete as impossibilidades e o ocaso deste projeto.
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Orientação: Sebastien Joachim
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: Os Tradutores de Deus é um trabalho sobre literatura Jesuítica escrita no Brasil durante os séculos XVI e XVII. Postula, dentro dessa produção literária da Companhia de Jesus, uma linha de coerência que permite dar conta dos seus momentos mais destacados. Esses momentos estão representados por duas figuras que são emblemáticas em relação ao tempo histórico e ao projeto das missões Jesuíticas no Brasil. Essas figuras são, no século XVI, Manuel da Nóbrega, e, no século XVII, o Padre Antônio Vieira. O trabalho descreve, dentro do sistema literário jesuítico, uma determinada linha de coerência, aquela que surge com a fundação de um cânon de doutrina (o que supõe uma normativa e uma política: a dos aldeamentos), e termina nos escritos de uma figura excessiva, o Pe. Vieira. O objeto específico de estudo está formado pelas “Cartas” e pelo “Diálogo sobre a conversão do gentio” de Manuel da Nóbrega (que são lidas enquanto discursos fundadores do projeto Jesuítico), e pela “História do Futuro” de Antônio Vieira – texto que, entre outras coisas, reflete as impossibilidades e o ocaso deste projeto.
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26 de novembro de 1993
José Anchieta Carvalho
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Letras Digitais
A Competência Comunicativa em Língua Portuguesa de Alunos Universitários: estratégias para uso no Ciclo Geral, Área I - UFPE
Orientação: Luiz Antonio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística
Resumo: Objetivamos, neste trabalho, apresentar elementos para uma proposta de ensino da língua portuguesa, cujo enfoque centraliza-se no desenvolvimento da competência expressivo-comunicativa dos alunos recém-ingressos na Universidade. Partimos da hipótese de que somente através do tratamento de textos orais e escritos, as atividades lingüísticas são legitimadas, por possibilitar aos aprendizes usarem comunicativamente a língua como um sistema-em-funcionamento. Com vistas à comprovação dessa hipótese, decidimos investigar qual a concepção de língua subjacente às atividades lingüísticas propostas nos livros didáticos do 2º grau, bem como nas fichas e apostilados elaboradas pelo professor. Os resultados das análises foram contundentes ao revelarem a ênfase atribuída por esses materiais aos aspectos formais do sistema lingüístico, sem considerar os mecanismos reais implicados no funcionamento da língua em contextos plurais de comunicação. Diante dessas evidências, propusemos um conjunto de exercícios de compreensão e produção a partir de textos orais e escritos, vivenciados pelos grupos de Experimento e Controle cujos resultados favoráveis ao primeiro sugeriram a formulação de uma Proposta de exercícios que deverá ampliar a formação da consciência lingüística dos universitários e, desta forma, constituir-se em estratégias para o desenvolvimento de sua competência expressivo-comunicativo.
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Orientação: Luiz Antonio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística
Resumo: Objetivamos, neste trabalho, apresentar elementos para uma proposta de ensino da língua portuguesa, cujo enfoque centraliza-se no desenvolvimento da competência expressivo-comunicativa dos alunos recém-ingressos na Universidade. Partimos da hipótese de que somente através do tratamento de textos orais e escritos, as atividades lingüísticas são legitimadas, por possibilitar aos aprendizes usarem comunicativamente a língua como um sistema-em-funcionamento. Com vistas à comprovação dessa hipótese, decidimos investigar qual a concepção de língua subjacente às atividades lingüísticas propostas nos livros didáticos do 2º grau, bem como nas fichas e apostilados elaboradas pelo professor. Os resultados das análises foram contundentes ao revelarem a ênfase atribuída por esses materiais aos aspectos formais do sistema lingüístico, sem considerar os mecanismos reais implicados no funcionamento da língua em contextos plurais de comunicação. Diante dessas evidências, propusemos um conjunto de exercícios de compreensão e produção a partir de textos orais e escritos, vivenciados pelos grupos de Experimento e Controle cujos resultados favoráveis ao primeiro sugeriram a formulação de uma Proposta de exercícios que deverá ampliar a formação da consciência lingüística dos universitários e, desta forma, constituir-se em estratégias para o desenvolvimento de sua competência expressivo-comunicativo.
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19 de julho de 1993
Carla Maria Cunha
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Letras Digitais
A Morfossintaxe da língua Arara (Pano) do Acre
Orientação: Adair Pimentel Palácio
Área de Concentração: Linguística
Resumo: A língua Arara (Pano) tem 7 (sete) falantes no grupo de aproximadamente 230 pessoas, localizadas as margens do Igarape Humaitá, município de Cruzeiro do Sul, Acre. Por ser uma língua ágrafa e sem estudo prévio, foi necessário descrever primeiro os segmentos fonético-fonológicos para assim analisar suas possibilidades sintagmáticas. A partir do levantamento fonético-fonológico, depreendem-se os fonemas consonantais /p/ ,/b/, /t/, /d/, /k/, /v/, /s/, /vs/, /h/,
/ts/, /tvs/, /r/, /m/, /n/; e os fonemas vocálicos /i/, /ŧ/, /u/, /a/, /ĩ/,/ī/, /ũ/, /ã/. A morfologia do Arara caracteriza-se pela construção sufixal, observada na flexão temporal {-i} para tempo não realizado,{-a} para tempo realizado; na formação do pronome adjetivo {-da} e na formação da palavra genitiva {-ia}. O processo aglutinativo entre palavras e partículas ora tende a uma redução na produção lingüística, ora à sua ampliação. No primeiro caso, há uma semelhança de traços fonéticos que favorece a assimilação dos elementos, enquanto que no segundo há uma repetição, em contexto de fala, de um morfema ou de parte dele na realização de outra palavra. Na morfossintaxe estabelecem-se as estruturas sintagmáticas nominais e verbais, observando seus formadores: a relação entre palavras nominais e/ou nominais e verbais.
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Orientação: Adair Pimentel Palácio
Área de Concentração: Linguística
Resumo: A língua Arara (Pano) tem 7 (sete) falantes no grupo de aproximadamente 230 pessoas, localizadas as margens do Igarape Humaitá, município de Cruzeiro do Sul, Acre. Por ser uma língua ágrafa e sem estudo prévio, foi necessário descrever primeiro os segmentos fonético-fonológicos para assim analisar suas possibilidades sintagmáticas. A partir do levantamento fonético-fonológico, depreendem-se os fonemas consonantais /p/ ,/b/, /t/, /d/, /k/, /v/, /s/, /vs/, /h/,
/ts/, /tvs/, /r/, /m/, /n/; e os fonemas vocálicos /i/, /ŧ/, /u/, /a/, /ĩ/,/ī/, /ũ/, /ã/. A morfologia do Arara caracteriza-se pela construção sufixal, observada na flexão temporal {-i} para tempo não realizado,{-a} para tempo realizado; na formação do pronome adjetivo {-da} e na formação da palavra genitiva {-ia}. O processo aglutinativo entre palavras e partículas ora tende a uma redução na produção lingüística, ora à sua ampliação. No primeiro caso, há uma semelhança de traços fonéticos que favorece a assimilação dos elementos, enquanto que no segundo há uma repetição, em contexto de fala, de um morfema ou de parte dele na realização de outra palavra. Na morfossintaxe estabelecem-se as estruturas sintagmáticas nominais e verbais, observando seus formadores: a relação entre palavras nominais e/ou nominais e verbais.
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