O Processo de Leitura: uma investigação das estratégias do aluno para a construção de sentidos
Orientação: Abuêndia Padilha Peixoto Pinto
Área de Concentração: Linguística
Resumo: O nosso propósito com este estudo é a investigação das estratégias desenvolvidas pelos alunos-leitores nas atividades de leitura. Para isso, recorremos a teorias de bases psicolingüísticas e sociointeracionalistas, mostrando suas implicações para o processo de ensino-aprendizagem de leitura. Procuramos verificar se as estratégias utilizadas pelos alunos- leitores contribuem para a construção de sentidos. Os dados foram colhidos através de questionários sobre as atividades e concepções de leitura, aplicados a professores e alunos do CEFET-PI, de entrevistas e da técnica de protocolo de pausa, desenvolvida com oito alunos de 2a série dessa instituição. Os resultados demonstram que a concepção que predomina nas atividades de leitura ainda é a noção de leitura como decodificação de palavras e apreensão de um sentido pré-determinado pelo autor. Verificamos, também, que a maioria dos alunos investigados não tem consciência das estratégias usadas nesse processo de produção de significados. Esperamos que as discussões aqui apresentadas, e os resultados obtidos nesta pesquisa proporcionem reflexões sobre a prática pedagógica, favorecendo alterações que contribuam para uma melhoria do ensino-aprendizagem de leitura.
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Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE
28 de janeiro de 2002
Giselda dos Santos Costa Oliveira
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Letras Digitais
O Livro Didático de Inglês: usos de intensificadores em diálogos
Orientação: Francisco Gomes de Matos
Área de Concentração: Linguística
Resumo: Partindo dos pressupostos teóricos da Teoria dos Atos de Fala, da abordagem comunicativa e do estudo dos fenômenos da intensificação, esta dissertação objetiva examinar a ocorrência em diálogos na língua inglesa de recursos intensificadores e analisar a produção de atos de fala feita por 29 sujeitos da pesquisa. Para isso, foi utilizado um corpus constituído de 203 extratos de diálogos, 92 notas culturais retiradas de 6 coleções de série didáticas nacionais, destinadas a alunos do terceiro e quarto ciclos de ensino fundamental e de 203 atos de produção de fala resultante da aplicação de Teste de complementação Discursiva (TCD), baseado nos estudos do projeto CCSARP (BLUM KULKA ET AL. 1989). Foram analisados, também sete recursos intensificadores: reforço exclamativo, nominal (repetição, numerais intensivos e adjetivos intensivos), negação, comparativo e adverbial. Neste último, há um levantamento dos advérbios de intensificação no TCD, classificados de acordo com Bäcklund (1973) e Quirk et al (1985). Com base da discussão teórica e na análise do corpus, concluiu-se que ocorreu (1) um aumento dos traços pragmáticos e de recursos intensificadores nos diálogos, objetivando satisfazer ao critério de potencial comunicativo e (2) uma adequação ao papel de modelo conversacional. No manual do professor, constatamos que seus autores não explicitam alternativas de atos de fala em um mesmo contexto e não abordam a indispensável conscientização desses atos de fala. Por considerarmos indispensável que os resultados de pesquisa mais significativos sejam traduzidos pedagogicamente para os livros didáticos, enfatizamos que o manual precisa contribuir a eficácia do professor e oferecer sugestões úteis resultantes de investigações, assim como bibliográficas atualizadas e materiais suplementares, incorporados aos suportes teóricos, tendo em vista as mudanças ocorridas nas abordagens ao ensino de língua estrangeira e o nível de conhecimento e experiência profissional dos professores de inglês em nosso país.
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Orientação: Francisco Gomes de Matos
Área de Concentração: Linguística
Resumo: Partindo dos pressupostos teóricos da Teoria dos Atos de Fala, da abordagem comunicativa e do estudo dos fenômenos da intensificação, esta dissertação objetiva examinar a ocorrência em diálogos na língua inglesa de recursos intensificadores e analisar a produção de atos de fala feita por 29 sujeitos da pesquisa. Para isso, foi utilizado um corpus constituído de 203 extratos de diálogos, 92 notas culturais retiradas de 6 coleções de série didáticas nacionais, destinadas a alunos do terceiro e quarto ciclos de ensino fundamental e de 203 atos de produção de fala resultante da aplicação de Teste de complementação Discursiva (TCD), baseado nos estudos do projeto CCSARP (BLUM KULKA ET AL. 1989). Foram analisados, também sete recursos intensificadores: reforço exclamativo, nominal (repetição, numerais intensivos e adjetivos intensivos), negação, comparativo e adverbial. Neste último, há um levantamento dos advérbios de intensificação no TCD, classificados de acordo com Bäcklund (1973) e Quirk et al (1985). Com base da discussão teórica e na análise do corpus, concluiu-se que ocorreu (1) um aumento dos traços pragmáticos e de recursos intensificadores nos diálogos, objetivando satisfazer ao critério de potencial comunicativo e (2) uma adequação ao papel de modelo conversacional. No manual do professor, constatamos que seus autores não explicitam alternativas de atos de fala em um mesmo contexto e não abordam a indispensável conscientização desses atos de fala. Por considerarmos indispensável que os resultados de pesquisa mais significativos sejam traduzidos pedagogicamente para os livros didáticos, enfatizamos que o manual precisa contribuir a eficácia do professor e oferecer sugestões úteis resultantes de investigações, assim como bibliográficas atualizadas e materiais suplementares, incorporados aos suportes teóricos, tendo em vista as mudanças ocorridas nas abordagens ao ensino de língua estrangeira e o nível de conhecimento e experiência profissional dos professores de inglês em nosso país.
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Margareth Torres de Alencar Costa
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Letras Digitais
O Resgate da História em Fortunata e Jacinta
Orientação: Alfredo Adolfo Cordiviola
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: Este trabalho discute as relações entre o discurso histórico e o discurso literário a partir do estudo do romance Fortunata e Jacinta (1997), escrito pelo autor espanhol Benedito Pérez Galdós. Na dissertação foram apresentadas características do realismo, e os modos em que esta escola literária aborda as relações entre presente história e ficção.
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Orientação: Alfredo Adolfo Cordiviola
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: Este trabalho discute as relações entre o discurso histórico e o discurso literário a partir do estudo do romance Fortunata e Jacinta (1997), escrito pelo autor espanhol Benedito Pérez Galdós. Na dissertação foram apresentadas características do realismo, e os modos em que esta escola literária aborda as relações entre presente história e ficção.
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21 de dezembro de 2001
Roseanne Rocha Tavares
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Letras Digitais
A Negociação da Imagem em Sala de Aula de Língua Inglesa
Orientação: José Carlos Gonçalves
Área de Concentração: Linguística (Doutorado)
Resumo: Este trabalho teve por objetivo analisar a negociação da imagem em sala de aula de língua inglesa. Partindo de uma visão de linguagem como atividade social, e com base nos pressupostos teóricos da Sociolingüística Interacional, da Análise da Conversação e da Lingüística Aplicada, realizou-se uma microanálise de aulas do ensino médio de uma escola Federal do Estado de Alagoas. O corpus para tal investigação foi estabelecido por meio de gravações em áudio e em vídeo com suas respectivas transcrições. A negociação da imagem foi observada com base em três tipos de discurso: o espontâneo, o de convívio, e o instrucional (Kramsch, 1987). Cinco tipos diferentes de estratégias foram estabelecidos. A principal estratégia nos mostra como o professor negocia a própria imagem e a de seus alunos, ao utilizar um discurso de convívio, principalmente em situações organizacionais, quando quer amenizar a imagem institucionalizada do poder. Além das estratégia, também analisaram-se as marcas discursivas usadas e pôde-se constatar que elas são de natureza diversa: há o humor, a informalidade, as palmas, o uso de palavras e expressões que indicam um sentido de coletividade, cada qual com sua específica estratégia de negociação e em um significado situado que considera o contexto no qual a interação ocorre. Em termos pedagógicos, a sala de aula se mostrou um contexto onde professor e alunos constroem uma cultura de ensinar e aprender; e mesmo que o enfoque do professor dado à tentativa de manter uma interação organizacional harmoniosa tenha sido maior do que o enfoque dado ao lado pedagógico, as estratégias de negociação da imagem ajudam nesse jogo de linguagem de regras e convenções.
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Orientação: José Carlos Gonçalves
Área de Concentração: Linguística (Doutorado)
Resumo: Este trabalho teve por objetivo analisar a negociação da imagem em sala de aula de língua inglesa. Partindo de uma visão de linguagem como atividade social, e com base nos pressupostos teóricos da Sociolingüística Interacional, da Análise da Conversação e da Lingüística Aplicada, realizou-se uma microanálise de aulas do ensino médio de uma escola Federal do Estado de Alagoas. O corpus para tal investigação foi estabelecido por meio de gravações em áudio e em vídeo com suas respectivas transcrições. A negociação da imagem foi observada com base em três tipos de discurso: o espontâneo, o de convívio, e o instrucional (Kramsch, 1987). Cinco tipos diferentes de estratégias foram estabelecidos. A principal estratégia nos mostra como o professor negocia a própria imagem e a de seus alunos, ao utilizar um discurso de convívio, principalmente em situações organizacionais, quando quer amenizar a imagem institucionalizada do poder. Além das estratégia, também analisaram-se as marcas discursivas usadas e pôde-se constatar que elas são de natureza diversa: há o humor, a informalidade, as palmas, o uso de palavras e expressões que indicam um sentido de coletividade, cada qual com sua específica estratégia de negociação e em um significado situado que considera o contexto no qual a interação ocorre. Em termos pedagógicos, a sala de aula se mostrou um contexto onde professor e alunos constroem uma cultura de ensinar e aprender; e mesmo que o enfoque do professor dado à tentativa de manter uma interação organizacional harmoniosa tenha sido maior do que o enfoque dado ao lado pedagógico, as estratégias de negociação da imagem ajudam nesse jogo de linguagem de regras e convenções.
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17 de dezembro de 2001
Avanilda Torres da Silva
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Letras Digitais
Entre Óculos e Espelhos: as gradações do olhar (uma leitura da obra de Jorge Miguel Marinho)
Orientação: Lourival Holanda
Área de Concentração: Teoria da Literatura (Doutorado)
Resumo: O mitologismo se impõe modernamente em decorrência do enfraquecimento da forma clássica de narrar, do desaparecimento do realismo tradicional. A antiga certeza que norteava o narrador fica comprometida. É vasto o caminho percorrido pelo mito, pois nele se cruzam os elementos do maravilhoso e do fantástico, com todos os seus motivos e diversidades. A faculdade privilegiada de visão de Jorge Miguel Marinho, que não apenas destaca a linearidade, a razão, tem na paródia e no maravilhoso o cenário ideal para uma aplicação sensível. Ao criar um espaço crítico e livre de convenções sociais, permitindo aos personagens posturas e atitudes inesperadas, penetra o território do fantástico. Neste, a vida é posta à prova, e o insólito, o surreal, aos poucos se configuram como verossímeis. Por meio desse espelho invertido, o leitor é intimado a se colocar e a refletir sobre esta feição do mundo.
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Orientação: Lourival Holanda
Área de Concentração: Teoria da Literatura (Doutorado)
Resumo: O mitologismo se impõe modernamente em decorrência do enfraquecimento da forma clássica de narrar, do desaparecimento do realismo tradicional. A antiga certeza que norteava o narrador fica comprometida. É vasto o caminho percorrido pelo mito, pois nele se cruzam os elementos do maravilhoso e do fantástico, com todos os seus motivos e diversidades. A faculdade privilegiada de visão de Jorge Miguel Marinho, que não apenas destaca a linearidade, a razão, tem na paródia e no maravilhoso o cenário ideal para uma aplicação sensível. Ao criar um espaço crítico e livre de convenções sociais, permitindo aos personagens posturas e atitudes inesperadas, penetra o território do fantástico. Neste, a vida é posta à prova, e o insólito, o surreal, aos poucos se configuram como verossímeis. Por meio desse espelho invertido, o leitor é intimado a se colocar e a refletir sobre esta feição do mundo.
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7 de dezembro de 2001
Sophia Karlla Almeida Mota
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Letras Digitais
Frevo e Identidade Sociocultural Pernambucana: um estudo etnoterminológico
Orientação: Nelly Medeiros de Carvalho
Área de Concentração: Linguística
Resumo: E objetivo desta dissertação de Mestrado fazer uma pesquisa exploratória sobre os aspectos etnoculturais da Terminologia, enquanto área de especialidade da Lingüística Aplicada, a partir da análise da constituição do vocabulário de um dos domínios específicos do português brasileiro contemporâneo, o Frevo Pernambucano. Para concretizar esse objetivo, primeiramente situamos o nosso objeto de estudo no campo da Lingüística, relacionando-os aos conceitos de identidade e cultura, enfatizando as manifestações folclóricas como representação simbólica dos movimentos populares por meio da linguagem, e considerando a palavra o elemento de integração e legitimação de identidade sociolingüística da cultura pernambucana. Apresentamos, em seguida os fundamentos teóricos da ciência da Terminologia, a partir dos aspectos relacionados a sua estruturação como um campo de conhecimento, para verificar as concepções teóricas que as aproximam e as distanciam até a focalização na TCT –Teoria Comunicativa da Terminologia, proposta por M. Teresa Cabré (1998). Expomos, ainda, as informações pertinentes sobre a relação existente entre Terminologia e Cultura, e em seguida, analisamos a constituição do vocabulário do frevo em Pernambuco, como elemento de legitimação institucional da identidade sociocultural do povo pernambucano.
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Orientação: Nelly Medeiros de Carvalho
Área de Concentração: Linguística
Resumo: E objetivo desta dissertação de Mestrado fazer uma pesquisa exploratória sobre os aspectos etnoculturais da Terminologia, enquanto área de especialidade da Lingüística Aplicada, a partir da análise da constituição do vocabulário de um dos domínios específicos do português brasileiro contemporâneo, o Frevo Pernambucano. Para concretizar esse objetivo, primeiramente situamos o nosso objeto de estudo no campo da Lingüística, relacionando-os aos conceitos de identidade e cultura, enfatizando as manifestações folclóricas como representação simbólica dos movimentos populares por meio da linguagem, e considerando a palavra o elemento de integração e legitimação de identidade sociolingüística da cultura pernambucana. Apresentamos, em seguida os fundamentos teóricos da ciência da Terminologia, a partir dos aspectos relacionados a sua estruturação como um campo de conhecimento, para verificar as concepções teóricas que as aproximam e as distanciam até a focalização na TCT –Teoria Comunicativa da Terminologia, proposta por M. Teresa Cabré (1998). Expomos, ainda, as informações pertinentes sobre a relação existente entre Terminologia e Cultura, e em seguida, analisamos a constituição do vocabulário do frevo em Pernambuco, como elemento de legitimação institucional da identidade sociocultural do povo pernambucano.
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26 de outubro de 2001
João Denys Araújo Leite
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Letras Digitais
Um Teatro da Morte: transfiguração poético do Bumba-meu-Boi e desvelamento sociocultural na dramaturgia de Joaquim Cardozo
Orientação: Ricardo Bigi de Alquino
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: Este trabalho estuda a obra dramatúrgica de Joaquim Cardozo tomando como enfoque principal as obras O Coronel de Macambira(1963), De uma Noite de Festa(1971) e Marechal, Boi de Carro(1975), todas compostas como gênero teatral Bumba-meu-Boi. A investigação desta trilogia demonstra como o autor opera uma transfiguração poética da manifestação popular Bumba-meu-Boi e desvela significativas relações socioculturais. Numa visada interdisciplinar, de base cultural, este estudo busca inaugurar uma abordagem crítica da dramaturgia cardoziana. Tal esforço possibilita examinar pilares importantes da estrutura teatral do Bumba, enquanto produto artístico das camadas subalternas da sociedade brasileira e como produto das pesquisas de folcloristas, antropólogos e intelectuais. A análise retoma, outrossim, um debate sobre literatura teatral e cultura popular, e o folclore. A diversidade de fragmentos temáticos apresentados, ou postos em questão, busca revelar como Cardozo constrói uma poética teatral moderna. Essa construção entrecruza elementos dos questionamentos e debates seculares, acima aludidos, com um universo de influências dramatúrgicas antigas e contemporâneas. Dessas influências, destacam-se expressões culturais locais com partículas de algumas expressões teatrais e filosóficas do Oriente, com empréstimos tomados das ciências, com um intenso trabalho com a linguagem, com cenas fragmentadas, múltiplas e diversas que apontam para um teatro épico moderno. Ao reiterar em todos os seus Bumbas as mais variadas e fundantes concepções de morte, reerguendo e dando vida a personagens e episódios da História dos deserdados, em contraponto com a História dos donos do poder, o autor consolida uma obra letrada de perspectiva eminentemente popular. Esta obra super-regionalista, em sua atualidade crítica, distende a visão do ser humano plantado em seu chão, conferindo-lhe uma dimensão cósmica. Urdindo um texto teatral singular, em que a região é delineada como espaço de fronteiras arbitrárias, Cardozo se apropria da principal matéria-prima de sua criação – transformando-a por meio de torções e distensões análogas às realizadas pelos topólogos – reordena, estabelece e insere o Bumba na tradição do texto teatral escrito, criando um conjunto dramatúrgico híbrido, mas absoluto em sua teatralidade, marcado por um discurso incisivo contra toda vida destrutiva, ao qual denominamos um teatro da morte.
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Orientação: Ricardo Bigi de Alquino
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: Este trabalho estuda a obra dramatúrgica de Joaquim Cardozo tomando como enfoque principal as obras O Coronel de Macambira(1963), De uma Noite de Festa(1971) e Marechal, Boi de Carro(1975), todas compostas como gênero teatral Bumba-meu-Boi. A investigação desta trilogia demonstra como o autor opera uma transfiguração poética da manifestação popular Bumba-meu-Boi e desvela significativas relações socioculturais. Numa visada interdisciplinar, de base cultural, este estudo busca inaugurar uma abordagem crítica da dramaturgia cardoziana. Tal esforço possibilita examinar pilares importantes da estrutura teatral do Bumba, enquanto produto artístico das camadas subalternas da sociedade brasileira e como produto das pesquisas de folcloristas, antropólogos e intelectuais. A análise retoma, outrossim, um debate sobre literatura teatral e cultura popular, e o folclore. A diversidade de fragmentos temáticos apresentados, ou postos em questão, busca revelar como Cardozo constrói uma poética teatral moderna. Essa construção entrecruza elementos dos questionamentos e debates seculares, acima aludidos, com um universo de influências dramatúrgicas antigas e contemporâneas. Dessas influências, destacam-se expressões culturais locais com partículas de algumas expressões teatrais e filosóficas do Oriente, com empréstimos tomados das ciências, com um intenso trabalho com a linguagem, com cenas fragmentadas, múltiplas e diversas que apontam para um teatro épico moderno. Ao reiterar em todos os seus Bumbas as mais variadas e fundantes concepções de morte, reerguendo e dando vida a personagens e episódios da História dos deserdados, em contraponto com a História dos donos do poder, o autor consolida uma obra letrada de perspectiva eminentemente popular. Esta obra super-regionalista, em sua atualidade crítica, distende a visão do ser humano plantado em seu chão, conferindo-lhe uma dimensão cósmica. Urdindo um texto teatral singular, em que a região é delineada como espaço de fronteiras arbitrárias, Cardozo se apropria da principal matéria-prima de sua criação – transformando-a por meio de torções e distensões análogas às realizadas pelos topólogos – reordena, estabelece e insere o Bumba na tradição do texto teatral escrito, criando um conjunto dramatúrgico híbrido, mas absoluto em sua teatralidade, marcado por um discurso incisivo contra toda vida destrutiva, ao qual denominamos um teatro da morte.
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24 de outubro de 2001
Cinthya Lúcia Martins Torres Saraiva de Melo
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Letras Digitais
Anáfora Indireta Esquemática Pronominal: uma anáfora coletiva e genérica e coletiva restritiva
Orientação: Luiz Antonio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística
Resumo: O propósito deste trabalho é, essencialmente, investigar o comportamento da anáfora indireta esquemática pronominal de terceira pessoa do plural (AIEP) cujos referentes não estão explicitados do texto, mas ativados a partir de uma âncora textual que projeta os referentes de forma representacional. Nessa perspectiva, o pronome não é visto como tradicionalmente postulado, isto é, um anafórico que deveria necessariamente retomar um outro elemento anteriormente explicitado na contextualidade mantendo, contudo, a coesão e a coerência discursiva. Nosso objetivo é mostrar que essa anáfora se realiza mediante dois processos: (1) inferencial, caracterizado pela ativação de referentes identificáveis através de um coletivo genérico, enquadrado no universo das representações conceituais criando um espaço mental de estruturação auxiliado pelo contexto; e (2) cognitivo, caracterizado pela seleção de referentes identificados através de um coletivo restritivo, enquadrado no universo das representações semânticas criando um espaço mental de estruturação auxiliado pelo contexto. Como apoio teórico utilizamos a Lingüística de Texto, a Lingüística Cognitiva e a Lingüística Pragmática, que permitem explicar esses processos. Para tanto, recorremos aos estudos de L.A. Marcuschi (1998a, 2000, 2001a) e outros citados na bibliografia, por ter o autor desenvolvido um estudo pioneiro e sistemático da AIEP sob a perspectiva da referenciação. O corpus é composto de 10 gravações de telejornais e de 12 entrevistas coletadas nas revistas Veja e Você S.A., dois gêneros que se caracterizam como textos de mescla (produzidos num meio e recebidos em outro). As análises realizadas mostram que as AIEPs são mais comuns nas entrevistas da Veja e Você S.A. do que nos telejornais, mas sempre ocorrem de acordo com a intencionalidade de seus produtores. Também foi constatado que, embora típica da oralidade, essa estratégia não se restringe aos textos tipicamente falados, o que reforça a idéia de que o telejornal representa a escrita em formato padrão habitual, caracterizando-se como um gênero que não representa a fala, mas uma oralização da escrita.
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Orientação: Luiz Antonio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística
Resumo: O propósito deste trabalho é, essencialmente, investigar o comportamento da anáfora indireta esquemática pronominal de terceira pessoa do plural (AIEP) cujos referentes não estão explicitados do texto, mas ativados a partir de uma âncora textual que projeta os referentes de forma representacional. Nessa perspectiva, o pronome não é visto como tradicionalmente postulado, isto é, um anafórico que deveria necessariamente retomar um outro elemento anteriormente explicitado na contextualidade mantendo, contudo, a coesão e a coerência discursiva. Nosso objetivo é mostrar que essa anáfora se realiza mediante dois processos: (1) inferencial, caracterizado pela ativação de referentes identificáveis através de um coletivo genérico, enquadrado no universo das representações conceituais criando um espaço mental de estruturação auxiliado pelo contexto; e (2) cognitivo, caracterizado pela seleção de referentes identificados através de um coletivo restritivo, enquadrado no universo das representações semânticas criando um espaço mental de estruturação auxiliado pelo contexto. Como apoio teórico utilizamos a Lingüística de Texto, a Lingüística Cognitiva e a Lingüística Pragmática, que permitem explicar esses processos. Para tanto, recorremos aos estudos de L.A. Marcuschi (1998a, 2000, 2001a) e outros citados na bibliografia, por ter o autor desenvolvido um estudo pioneiro e sistemático da AIEP sob a perspectiva da referenciação. O corpus é composto de 10 gravações de telejornais e de 12 entrevistas coletadas nas revistas Veja e Você S.A., dois gêneros que se caracterizam como textos de mescla (produzidos num meio e recebidos em outro). As análises realizadas mostram que as AIEPs são mais comuns nas entrevistas da Veja e Você S.A. do que nos telejornais, mas sempre ocorrem de acordo com a intencionalidade de seus produtores. Também foi constatado que, embora típica da oralidade, essa estratégia não se restringe aos textos tipicamente falados, o que reforça a idéia de que o telejornal representa a escrita em formato padrão habitual, caracterizando-se como um gênero que não representa a fala, mas uma oralização da escrita.
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23 de outubro de 2001
Sandra Carla Ferreira de Castro
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Letras Digitais
A Retórica dos Links no Hipertexto
Orientação: Luiz Antônio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística
Resumo: Numa perspectiva mais ampla, este trabalho analisa a escritura eletrônica não-seqüencial e não-linear: o hipertexto, em um ambiente natural na rede mundial. Através dessa ferramenta, investiga, especificamente, a natureza das ligações eletrônicas estruturadas em itens lexicais, sintagmáticas ou ícones: o link. Tomando por base sugestões de Nicholas C. Burbules (1998), serão verificados: (a) os processos de seleção de um determinado item lexical ou sintagma para a formação de um link; (b) os valore envolvidos nessa decisão; (c) as redes semântico-pragmáticas estabelecidas por eles. No que diz respeito às análises, é necessário deixar claro que não há um corpus, uma vez que num trabalho hipertextual, a montagem de um corpus surge como impraticável, pois é impossível mapear todas as interconexões existentes na rede (web). Por isso, tornou-se mais pertinente a análise de domínios discursivos, no intuito de garantir, o quanto possível, a realidade virtual. A partir dessas análises, foi verificado que os links não são simplesmente elementos retóricos, porque exploram o estilo (figuras de linguagem), mas porque articulam idéias, argumentos, na medida em que contribuem para atrair o internauta, bem como mantê-lo “preso” ao site. Isso ratifica a conclusão de que os links são elementos persuasivo, pois contribuem para formar uma rede semântico-pragmática de informações.
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Orientação: Luiz Antônio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística
Resumo: Numa perspectiva mais ampla, este trabalho analisa a escritura eletrônica não-seqüencial e não-linear: o hipertexto, em um ambiente natural na rede mundial. Através dessa ferramenta, investiga, especificamente, a natureza das ligações eletrônicas estruturadas em itens lexicais, sintagmáticas ou ícones: o link. Tomando por base sugestões de Nicholas C. Burbules (1998), serão verificados: (a) os processos de seleção de um determinado item lexical ou sintagma para a formação de um link; (b) os valore envolvidos nessa decisão; (c) as redes semântico-pragmáticas estabelecidas por eles. No que diz respeito às análises, é necessário deixar claro que não há um corpus, uma vez que num trabalho hipertextual, a montagem de um corpus surge como impraticável, pois é impossível mapear todas as interconexões existentes na rede (web). Por isso, tornou-se mais pertinente a análise de domínios discursivos, no intuito de garantir, o quanto possível, a realidade virtual. A partir dessas análises, foi verificado que os links não são simplesmente elementos retóricos, porque exploram o estilo (figuras de linguagem), mas porque articulam idéias, argumentos, na medida em que contribuem para atrair o internauta, bem como mantê-lo “preso” ao site. Isso ratifica a conclusão de que os links são elementos persuasivo, pois contribuem para formar uma rede semântico-pragmática de informações.
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3 de outubro de 2001
Manoel Joaquim Leite Neto
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Letras Digitais
A Fala do Sertanejo de Cedro-Sertão Central de Pernambuco
Orientação: Nelly Medeiros de Carvalho
Área de Concentração: Linguística
Resumo: O propósito do presente trabalho é documentar a variedade da língua portuguesa falada pelo sertanejo do município de Cedro, Sertão Central de Pernambuco, no tocante aos aspectos morfológicos tidos como formas estigmatizadas, levando-se em consideração a ocorrência dos seguintes fenômenos: acréscimo/diminuição e transposição/permuta de fonemas. Partimos da hipótese de que, longe de estar eivada de erros, essa variedade, apenas reflete, por um lado, em certos momentos, estágios passados da língua quando faz, por exemplo, uso de termos arcaicos: prumode, pregunta, adispois, luita etc. e, por outro lado, noutros momentos, ao usar termos diferenciados da norma padrão, tais como: adoar, ajogar, improbir, desfraco, arrepara, etc., nada mais faz do que utilizar-se dos recursos da própria língua, como a analogia e a generalização tão largamente utilizados pelos falantes na evolução do próprio idioma. Foram entrevistados 34 informantes, considerando-se as seguintes variáveis: faixa etária, distribuição geográfica (zona urbana e rural), e grau de instrução. Verificamos que formas consideradas mais estigmatizadas embora se façam presentes na fala de todos os informantes, é na dos mais idosos que elas se manifestam em maior escala, o que nos leva entender que quanto a estes há uma grande resistência às mudanças e quanto àqueles há uma progressiva diminuição do uso dessas formas estigmatizadas.
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Orientação: Nelly Medeiros de Carvalho
Área de Concentração: Linguística
Resumo: O propósito do presente trabalho é documentar a variedade da língua portuguesa falada pelo sertanejo do município de Cedro, Sertão Central de Pernambuco, no tocante aos aspectos morfológicos tidos como formas estigmatizadas, levando-se em consideração a ocorrência dos seguintes fenômenos: acréscimo/diminuição e transposição/permuta de fonemas. Partimos da hipótese de que, longe de estar eivada de erros, essa variedade, apenas reflete, por um lado, em certos momentos, estágios passados da língua quando faz, por exemplo, uso de termos arcaicos: prumode, pregunta, adispois, luita etc. e, por outro lado, noutros momentos, ao usar termos diferenciados da norma padrão, tais como: adoar, ajogar, improbir, desfraco, arrepara, etc., nada mais faz do que utilizar-se dos recursos da própria língua, como a analogia e a generalização tão largamente utilizados pelos falantes na evolução do próprio idioma. Foram entrevistados 34 informantes, considerando-se as seguintes variáveis: faixa etária, distribuição geográfica (zona urbana e rural), e grau de instrução. Verificamos que formas consideradas mais estigmatizadas embora se façam presentes na fala de todos os informantes, é na dos mais idosos que elas se manifestam em maior escala, o que nos leva entender que quanto a estes há uma grande resistência às mudanças e quanto àqueles há uma progressiva diminuição do uso dessas formas estigmatizadas.
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