O Gênero Textual no Espaço Didático
Orientação: Luiz Antonio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística (Doutorado)
Resumo: Este trabalho desenvolve alguns aspectos da teoria dos gêneros, em especial, o modelo sócio-interacionista de Bronckart (1999, 2000) e o modelo sócio-comunicativo de Dolz e Schneuwly (1998) com o intuito de investigar como os gêneros textuais são abordados nas propostas de produção escrita dos livros didáticos de português do ensino fundamental (5ª a 8ª séries). A análise constatou que as propostas priorizam de maneira exagerada a abordagem de gêneros do domínio ficcional e jornalístico, enfatizando muito mais o aspecto estrutural da seqüência tipológica (narração e exposição) e dos mecanismos lingüístico-textuais (coesão e coerência) do que o da funcionalidade do gênero. Acreditando que o professor pode suprir os problemas criados por essa lacuna, apresentamos como sugestão de trabalho uma seqüência de atividades para o gênero entrevista, dentro da perspectiva sócio-interacionista. A seqüência destaca atividades prévias (orais e escritas) como fundamentais para motivar e monitorar o processo de produção de quem está escrevendo com a intenção de comunicar de forma autêntica e não apenas de cumprir uma tarefa escolar. De um modo geral, para o desenvolvimento da análise dos livros didáticos e para a sugestão da seqüência didática, a idéia central é a de que os gêneros se distribuem num contínuo de atividades sociais e discursivas no dia-a-dia do cidadão.
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Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE
26 de março de 2003
17 de março de 2003
Fábio Cavalcante de Andrade
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Letras Digitais
Ordem Sinuosa: o Barroco em Avalovara
Orientação: Lourival Holanda
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: Esta dissertação pretende responder ao desconhecimento que a obra de Osman Lins suscita. Um vazio carregado de significação. Avalovara, de 1973, é nosso objeto. Rastreamos os seus caracteres barrocos, demonstrando sua modernidade e sintonia com o presente a partir da idéia de barroco contemporâneo.
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Orientação: Lourival Holanda
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: Esta dissertação pretende responder ao desconhecimento que a obra de Osman Lins suscita. Um vazio carregado de significação. Avalovara, de 1973, é nosso objeto. Rastreamos os seus caracteres barrocos, demonstrando sua modernidade e sintonia com o presente a partir da idéia de barroco contemporâneo.
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Cristina Lucia de Almeida
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Letras Digitais
Paginário: a imaginação crítica em Osman Lins e Ítalo Calvino
Orientação: Lourival Holanda
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: Paginário nomeia um diverso olhar diante da página literária, a página imagem, lida não mais enquanto suporte do texto, e sim escritura. A imaginação crítica: projeto estético de Osman Lins e Ítalo Calvino fundamentado em valores da modernidade literária que unem, pela linguagem poética, o discurso romanesco ao discurso crítico. Nos romances e ensaios, os autores criam estratégias de ficcionalização e expõem com rigor e paixão uma defesa da especificidade da Literatura. O trabalho está teoricamente argumentado com bases na releitura do conceito de imaginação restituindo o caráter crítico e seletivo do imaginário. Os romances A Rainha dos Cárceres da Grécia e Se um Viajante numa Noite de Inverno são glosas de si mesmos: apresentam com ironia o fracasso das Teorias de interpretação frente a amplidão do literário. Livro, autor e leitor, personagens romanescos, são agora responsáveis pela construção das novas realidades textuais. O fanal: despertar o leitor da dormência mental provocada por alguns textos de fácil penetração e deslizamento, superfícies não porosas que são, sem obstáculos e labirintos.
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Orientação: Lourival Holanda
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: Paginário nomeia um diverso olhar diante da página literária, a página imagem, lida não mais enquanto suporte do texto, e sim escritura. A imaginação crítica: projeto estético de Osman Lins e Ítalo Calvino fundamentado em valores da modernidade literária que unem, pela linguagem poética, o discurso romanesco ao discurso crítico. Nos romances e ensaios, os autores criam estratégias de ficcionalização e expõem com rigor e paixão uma defesa da especificidade da Literatura. O trabalho está teoricamente argumentado com bases na releitura do conceito de imaginação restituindo o caráter crítico e seletivo do imaginário. Os romances A Rainha dos Cárceres da Grécia e Se um Viajante numa Noite de Inverno são glosas de si mesmos: apresentam com ironia o fracasso das Teorias de interpretação frente a amplidão do literário. Livro, autor e leitor, personagens romanescos, são agora responsáveis pela construção das novas realidades textuais. O fanal: despertar o leitor da dormência mental provocada por alguns textos de fácil penetração e deslizamento, superfícies não porosas que são, sem obstáculos e labirintos.
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12 de março de 2003
Maria das Graças Ferreira
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Letras Digitais
Contrapontos da Literatura Indígena Contemporânea no Brasil
Orientação: Roland Walter
Área de Concentração: Teoria da Literatura (Doutorado)
Resumo: Este trabalho em torno da literatura indígena contemporânea no Brasil pretende ser uma contribuição às investigações no campo da literatura comparada e dos estudos culturais. Seu objetivo é abordar a relação entre identidade, hibridismo, história, interface e outros aspectos-chaves a uma leitura das diferenças. Com base nas teorias que emanam da América, a revisão literária discute a noção de diferenças a partir do próprio pensamento indígena [sublinhando a chamada ecocrítica], visando uma melhor apreensão do texto literário. Nessa perspectiva, o trabalho discute o problema da educação escolar indígena e apresenta um panorama da história dos movimentos político e literário dos povos indígenas no Brasil. O trabalho analisa as obras individuais de autoria indígena que foram publicadas no período 2000 e 2002. O objetivo é discutir a situação do escritor e a questão dos “500 anos” de colonização; abordar o amor à terra e outros temas transversais que emanam do texto literário contemporâneo de autoria indígena. O estudo delimita-se às histórias contadas e escritas por Daniel Munduruku (povo Munduruku), em “Meu vô Apolinário” (2001); Olívio Jekupé (povo Guarani), em “O Saci verdadeiro” (2000); Yaguarê Yamã (povo Saterê Mawé), em “O remo sagrado” (2002) e Renê Kithãulu (povo Nambikwara), em “Irakisu: o menino criador”, publicado em 2002. Quanto à poesia, a análise refere-se aos manifestos literários de Eliane Potiguara (povo Potiguar), especificamente, os poemas do livro “Metade cara, metade máscara”. Parte desse livro trafega na Internet, na página “Literatura Indígena: um pensamento brasileiro”, junto ao GRUMIN: Rede de Comunicação Indígena sobre Gênero e Direitos, de Eliane Potiguara.
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Orientação: Roland Walter
Área de Concentração: Teoria da Literatura (Doutorado)
Resumo: Este trabalho em torno da literatura indígena contemporânea no Brasil pretende ser uma contribuição às investigações no campo da literatura comparada e dos estudos culturais. Seu objetivo é abordar a relação entre identidade, hibridismo, história, interface e outros aspectos-chaves a uma leitura das diferenças. Com base nas teorias que emanam da América, a revisão literária discute a noção de diferenças a partir do próprio pensamento indígena [sublinhando a chamada ecocrítica], visando uma melhor apreensão do texto literário. Nessa perspectiva, o trabalho discute o problema da educação escolar indígena e apresenta um panorama da história dos movimentos político e literário dos povos indígenas no Brasil. O trabalho analisa as obras individuais de autoria indígena que foram publicadas no período 2000 e 2002. O objetivo é discutir a situação do escritor e a questão dos “500 anos” de colonização; abordar o amor à terra e outros temas transversais que emanam do texto literário contemporâneo de autoria indígena. O estudo delimita-se às histórias contadas e escritas por Daniel Munduruku (povo Munduruku), em “Meu vô Apolinário” (2001); Olívio Jekupé (povo Guarani), em “O Saci verdadeiro” (2000); Yaguarê Yamã (povo Saterê Mawé), em “O remo sagrado” (2002) e Renê Kithãulu (povo Nambikwara), em “Irakisu: o menino criador”, publicado em 2002. Quanto à poesia, a análise refere-se aos manifestos literários de Eliane Potiguara (povo Potiguar), especificamente, os poemas do livro “Metade cara, metade máscara”. Parte desse livro trafega na Internet, na página “Literatura Indígena: um pensamento brasileiro”, junto ao GRUMIN: Rede de Comunicação Indígena sobre Gênero e Direitos, de Eliane Potiguara.
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25 de fevereiro de 2003
Elizabeth Cardoso Carvalho
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Letras Digitais
O Entrelaçar da Poesia de Antero de Quental e Florbela Espanca
Orientação: Yaracylda Oliveira Farias
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi estudar as diferenças e semelhanças percebidas na lírica de Antero de Quental e Florbela Espanca, com relação às temáticas: amar e pensar, dando-se ênfase ao papel do leitor cooperativo, aquele que está em constante diálogo com o texto. Os caminhos percorridos foram norteados pelo comparativismo e pela Estética da Recepção.
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Orientação: Yaracylda Oliveira Farias
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi estudar as diferenças e semelhanças percebidas na lírica de Antero de Quental e Florbela Espanca, com relação às temáticas: amar e pensar, dando-se ênfase ao papel do leitor cooperativo, aquele que está em constante diálogo com o texto. Os caminhos percorridos foram norteados pelo comparativismo e pela Estética da Recepção.
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24 de fevereiro de 2003
Juarez Nogueira Lins
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Letras Digitais
Geografia e Literatura: uma leitura interdisciplinar do Recife através da poesia de Manuel Bandeira, Carlos Pena Filho e João Cabral de Melo Neto
Orientação: Sebastien Joachim
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: Este texto é um estudo interdisciplinar, no qual se inter-relacionam os pressupostos teóricos da Literatura e da Geografia, objetivando ampliar as possibilidades de interpretação de um mesmo espaço a partir de duas leituras. A cidade do Recife, este espaço, é o objeto de estudo, e as fontes são obras literárias - poemas - de três poetas recifenses: Manuel Bandeira, Carlos Pena Filho e João Cabral de Melo Neto. Os textos destes poetas tiveram como fonte de inspiração a paisagem geográfica, portanto, uma análise geográfica do poema é relevante para o estudo literário. Da mesma forma, a representação que os poetas fizeram desta paisagem geográfica traz elementos novos para o estudo geográfico. São duas leituras sobre a cidade, leituras que se complementam, com a literatura traduzindo o essencial das relações homem e espaço e a geografia subsidiando a interpretação dos textos literários que abordam o espaço recifense.
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Orientação: Sebastien Joachim
Área de Concentração: Teoria da Literatura
Resumo: Este texto é um estudo interdisciplinar, no qual se inter-relacionam os pressupostos teóricos da Literatura e da Geografia, objetivando ampliar as possibilidades de interpretação de um mesmo espaço a partir de duas leituras. A cidade do Recife, este espaço, é o objeto de estudo, e as fontes são obras literárias - poemas - de três poetas recifenses: Manuel Bandeira, Carlos Pena Filho e João Cabral de Melo Neto. Os textos destes poetas tiveram como fonte de inspiração a paisagem geográfica, portanto, uma análise geográfica do poema é relevante para o estudo literário. Da mesma forma, a representação que os poetas fizeram desta paisagem geográfica traz elementos novos para o estudo geográfico. São duas leituras sobre a cidade, leituras que se complementam, com a literatura traduzindo o essencial das relações homem e espaço e a geografia subsidiando a interpretação dos textos literários que abordam o espaço recifense.
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Silvano Pereira de Araújo
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Letras Digitais
A Pergunta Didática na Produção Oral de Alunos Universitários de Língua Inglesa: um enfoque sócio-internacional
Orientação: Abuêndia Padilha Peixoto Pinto
Área de Concentração: Linguística (Doutorado)
Resumo: Neste trabalho, temos por objetivo identificar, descrever e analisar perguntas utilizadas por quatro professores de língua estrangeira em salas de aula de uma universidade do estado de Pernambuco, para averiguar em que sentido elas contribuem para a qualidade da produção oral do aluno. Para isso, recorremos aos seguintes instrumentos de coleta de dados: observação em sala de aula, gravação e transcrição de oito aulas (duas de cada professor), entrevistas com os professores e questionários para professores e alunos. Apesar de sua importância para este trabalho, as tipologias propostas pela pesquisa de sala de aula não foram suficientes para dar conta da análise dos dados, já que, freqüentemente não relacionam as perguntas ao contexto sociocultural em que se realizam. O aporte teórico que fundamenta este estudo se inspira no paradigma etnográfico de linguagem e de aprendizagem de línguas. Nessa perspectiva, as perguntas são enunciados cujas funções variam de acordo com o contexto sociocultural e o evento comunicativo. Uma análise parcial dos dados indica serem as perguntas do professor determinadas, dentre outros fatores, pelo ritual, objetivos da aula, papéis do professor e do aluno, assim como pelo tipo de abordagem adotada pelo professor. As perguntas mais recorrentes nas aulas observadas foram: a espontânea, a de estabelecimento de clima, a procedimental, a interativa e a pergunta didática. Os dados ainda revelam que os professores, ao enunciarem as perguntas didáticas, fazem uso de estratégias de facilitação, dentre as quais destacamos: repetição, paráfrase, perguntas com lacunas, ênfase na palavra-chave, tradução, pergunta e resposta pelo professor para otimizar a produção oral do aluno.
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Orientação: Abuêndia Padilha Peixoto Pinto
Área de Concentração: Linguística (Doutorado)
Resumo: Neste trabalho, temos por objetivo identificar, descrever e analisar perguntas utilizadas por quatro professores de língua estrangeira em salas de aula de uma universidade do estado de Pernambuco, para averiguar em que sentido elas contribuem para a qualidade da produção oral do aluno. Para isso, recorremos aos seguintes instrumentos de coleta de dados: observação em sala de aula, gravação e transcrição de oito aulas (duas de cada professor), entrevistas com os professores e questionários para professores e alunos. Apesar de sua importância para este trabalho, as tipologias propostas pela pesquisa de sala de aula não foram suficientes para dar conta da análise dos dados, já que, freqüentemente não relacionam as perguntas ao contexto sociocultural em que se realizam. O aporte teórico que fundamenta este estudo se inspira no paradigma etnográfico de linguagem e de aprendizagem de línguas. Nessa perspectiva, as perguntas são enunciados cujas funções variam de acordo com o contexto sociocultural e o evento comunicativo. Uma análise parcial dos dados indica serem as perguntas do professor determinadas, dentre outros fatores, pelo ritual, objetivos da aula, papéis do professor e do aluno, assim como pelo tipo de abordagem adotada pelo professor. As perguntas mais recorrentes nas aulas observadas foram: a espontânea, a de estabelecimento de clima, a procedimental, a interativa e a pergunta didática. Os dados ainda revelam que os professores, ao enunciarem as perguntas didáticas, fazem uso de estratégias de facilitação, dentre as quais destacamos: repetição, paráfrase, perguntas com lacunas, ênfase na palavra-chave, tradução, pergunta e resposta pelo professor para otimizar a produção oral do aluno.
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4 de fevereiro de 2003
Ivanda Maria Martins Silva
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Letras Digitais
Interação Texto-Leitor na Escola: dialogando com os contos de Gilvan Lemos
Orientação: Maria da Piedade Moreira de Sá
Área de Concentração: Teoria da Literatura (Doutorado)
Resumo: A presente investigação analisa a interação de alunos do Ensino Médio de uma escola pública da rede estadual com os contos de Gilvan Lemos, visando estudar as principiais dificuldades dos leitores em face da leitura literária. Revisitamos os pressupostos de abordagens teóricas que focalizam a interação texto-leitor sob prismas distintos, mas que dialogam quando discutem a leitura do ponto de vista social (Jauss, 1978), ou individual (Iser, 1979, 1996, 1998), reconhecendo os limites da interpretação (Eco, 1999). Os contos do autor pernambucano foram selecionados, tendo em vista as diferentes estratégias narrativas utilizadas que convidam o leitor a participar do “jogo da ficção”. Foram trabalhados cinco contos de Gilvan Lemos: “A inocente farsa da vingança”, “Dias idos e não vividos”, “Missa do galo”, “Morte ao invasor” e “Coelhinhos do mato”. O corpus da pesquisa é formado por 300 questionários aplicados após a leitura dos referidos contos. Na análise dos dados, selecionamos as respostas dos alunos, as quais revelaram a identificação ou a não-identificação do leitor com o texto literário. Os resultados da pesquisa apontam a técnica narrativa utilizada nos contos como a principal dificuldade dos alunos no ato da leitura. Diante da leitura de narrativas que apresentam uma organização discursiva pouco linear, os alunos não conseguem articular os planos da história e do discurso. Em síntese, o presente estudo propõe uma maior integração entre as contribuições da Teoria da Literatura e a escola, na medida em que discute o ato da leitura como processo dinâmico de envolvimento do leitor com o texto, considerando principalmente o enfoque de Iser. A leitura literária é abordada como um jogo, conforme a abordagem de Iser (In: Lima, 2002), em que os autores jogam com os leitores e o texto é o campo do jogo.
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Orientação: Maria da Piedade Moreira de Sá
Área de Concentração: Teoria da Literatura (Doutorado)
Resumo: A presente investigação analisa a interação de alunos do Ensino Médio de uma escola pública da rede estadual com os contos de Gilvan Lemos, visando estudar as principiais dificuldades dos leitores em face da leitura literária. Revisitamos os pressupostos de abordagens teóricas que focalizam a interação texto-leitor sob prismas distintos, mas que dialogam quando discutem a leitura do ponto de vista social (Jauss, 1978), ou individual (Iser, 1979, 1996, 1998), reconhecendo os limites da interpretação (Eco, 1999). Os contos do autor pernambucano foram selecionados, tendo em vista as diferentes estratégias narrativas utilizadas que convidam o leitor a participar do “jogo da ficção”. Foram trabalhados cinco contos de Gilvan Lemos: “A inocente farsa da vingança”, “Dias idos e não vividos”, “Missa do galo”, “Morte ao invasor” e “Coelhinhos do mato”. O corpus da pesquisa é formado por 300 questionários aplicados após a leitura dos referidos contos. Na análise dos dados, selecionamos as respostas dos alunos, as quais revelaram a identificação ou a não-identificação do leitor com o texto literário. Os resultados da pesquisa apontam a técnica narrativa utilizada nos contos como a principal dificuldade dos alunos no ato da leitura. Diante da leitura de narrativas que apresentam uma organização discursiva pouco linear, os alunos não conseguem articular os planos da história e do discurso. Em síntese, o presente estudo propõe uma maior integração entre as contribuições da Teoria da Literatura e a escola, na medida em que discute o ato da leitura como processo dinâmico de envolvimento do leitor com o texto, considerando principalmente o enfoque de Iser. A leitura literária é abordada como um jogo, conforme a abordagem de Iser (In: Lima, 2002), em que os autores jogam com os leitores e o texto é o campo do jogo.
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20 de dezembro de 2002
Joana D’arc de Mendonça Cavalcanti
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Dor-Amor: leitura e escritura dos contos de fada
Orientação: Sebastien Joachim
Área de Concentração: Teoria da Literatura (Doutorado)
Resumo: “Dor-amor: leitura e escritura dos contos de fadas” propõe um trabalho de hermenêutica baseado na análise psico-crítica, assumindo como referência os pressupostos teóricos dos especialistas Jean Bellemin-Noel e Juan-David Nasio, nos quais fundamentamos nossas hipóteses e interpretações para dizer que tais narrativas nos desafiam na base dos nossos desejos mais profundos, portanto lugar de busca onde o leitor vivencia sua subjetividade de forma mais plena possível. Por meio da análise crítica das narrativas “Vasalisa: a sábia”, “O pequeno polegar”, “O junípero” e “A bela e a fera”, apontamos para o fato de que os contos de fadas constituem-se num território de transubjetividade, fonte inesgotável da experiência simbólica e do encontro entre o eu e o outro que se podem ver no "mais-além" que caracteriza a dimensão da ficção e da obra de arte. Por meio desses contos e dos autores que nos apóiam na aliança entre literatura e psicanálise, além dos já citados, visitamos Bruno Bettelelheim, Sheldon Cashdan, Melanie Klein, Maud Mannoni, Alfredo Garcia-Roza, entre outros, para dizer que os contos encantam porque nos ensinam que a vida é busca, desafio e captura de um sentido sem o qual não conseguimos uma resolução satisfatória para nossos dramas e conflitos. Enfim o mágico "Era uma vez..." da história de todos nós. Por isso, desde que o mundo é mundo as histórias existem e um conto de fadas é uma das mais elevadas expressões simbólicas de que o bem sempre vence o mal, que a palavra salva e faz esperançar. Apesar de todas as dores e etapas a serem vencidas, os contos de fadas nos ensinam que somos salvos pelo amor.
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Orientação: Sebastien Joachim
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Resumo: “Dor-amor: leitura e escritura dos contos de fadas” propõe um trabalho de hermenêutica baseado na análise psico-crítica, assumindo como referência os pressupostos teóricos dos especialistas Jean Bellemin-Noel e Juan-David Nasio, nos quais fundamentamos nossas hipóteses e interpretações para dizer que tais narrativas nos desafiam na base dos nossos desejos mais profundos, portanto lugar de busca onde o leitor vivencia sua subjetividade de forma mais plena possível. Por meio da análise crítica das narrativas “Vasalisa: a sábia”, “O pequeno polegar”, “O junípero” e “A bela e a fera”, apontamos para o fato de que os contos de fadas constituem-se num território de transubjetividade, fonte inesgotável da experiência simbólica e do encontro entre o eu e o outro que se podem ver no "mais-além" que caracteriza a dimensão da ficção e da obra de arte. Por meio desses contos e dos autores que nos apóiam na aliança entre literatura e psicanálise, além dos já citados, visitamos Bruno Bettelelheim, Sheldon Cashdan, Melanie Klein, Maud Mannoni, Alfredo Garcia-Roza, entre outros, para dizer que os contos encantam porque nos ensinam que a vida é busca, desafio e captura de um sentido sem o qual não conseguimos uma resolução satisfatória para nossos dramas e conflitos. Enfim o mágico "Era uma vez..." da história de todos nós. Por isso, desde que o mundo é mundo as histórias existem e um conto de fadas é uma das mais elevadas expressões simbólicas de que o bem sempre vence o mal, que a palavra salva e faz esperançar. Apesar de todas as dores e etapas a serem vencidas, os contos de fadas nos ensinam que somos salvos pelo amor.
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17 de dezembro de 2002
Carlos Adreson da Silva
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Letras Digitais
Uma Análise Fonológica Segmental do Inglês de Aprendizes Brasileiros e o Ensino de Pronúncia numa Perspectiva Sociointeracionista e Internacional: progressos, dificuldades e sugestões para o processo pedagógico
Orientação: Marígia Ana de Moura Viana
Área de Concentração: Linguística
Resumo: Este trabalho visa a oferecer subsídios ao ensino de língua inglesa para brasileiros por meio de uma análise fonológica segmental do inglês falado por esses sujeitos e de um repensar do processo numa perspectiva holística sócio-interacionista e internacional, conciliando produto e processo. A tradição analítica, nesta área, tem sido a de enfocar o produto/estrutura e não a interação. Nesta pesquisa, reconhecemos a validade da descrição lingüística e buscamos refletir criticamente sobre o ensino de pronúncia do inglês. Para se conhecer de forma básica o resultado/produto fonológico do aprendizado de alunos brasileiros, foram coletadas produções orais de 6 (seis) alunos da Graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco, por meio de dois instrumentos: primeiro, conversas entre os alunos, em grupos pequenos, e, depois, a leitura individual de uma lista de palavras contendo os fonemas do inglês em diferentes contextos fônicos. Posteriormente analisaram-se os dados coletados, com base num contraste teórico entre o sistema desta língua e do português. Como parâmetro para o português, foi considerada a descrição minuciosa e atual de Cristófaro Silva (2001) e para o inglês, o modelo fonológico de Jekins (2000) para o uso/ensino desta língua internacionalmente, algumas vezes com menção às variedades britânica e americana padrão, no que se julgou necessário. Para uma melhor interface fonologia-ensino, tendo em vista a centralidade do aluno no processo pedagógico, aplicou-se um questionário para obter dados pessoais e a percepção dos alunos quanto à pronúncia de língua estrangeira (especialmente inglês) e o seu ensino numa perspectiva mais processual. Como resultados práticos, buscamos observar as dificuldades de pronúncia encontradas pelo falante brasileiro de português no aprendizado da língua inglesa e, pela utilização de exercícios/procedimentos que enfoquem essas dificuldades, identificar formas para superá-las. Por fim, sugere-se um trabalho pedagógico que enfoque não só o produto fonológico, mas também o processo de negociação da inteligibilidade, área relevante e carente de estudos. Como contribuição adicional, pensou-se a fonologia de uma forma mais abrangente e atual, evitando vê-la como elemento estático do código, não negociado nos diversos contextos reais.
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Orientação: Marígia Ana de Moura Viana
Área de Concentração: Linguística
Resumo: Este trabalho visa a oferecer subsídios ao ensino de língua inglesa para brasileiros por meio de uma análise fonológica segmental do inglês falado por esses sujeitos e de um repensar do processo numa perspectiva holística sócio-interacionista e internacional, conciliando produto e processo. A tradição analítica, nesta área, tem sido a de enfocar o produto/estrutura e não a interação. Nesta pesquisa, reconhecemos a validade da descrição lingüística e buscamos refletir criticamente sobre o ensino de pronúncia do inglês. Para se conhecer de forma básica o resultado/produto fonológico do aprendizado de alunos brasileiros, foram coletadas produções orais de 6 (seis) alunos da Graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco, por meio de dois instrumentos: primeiro, conversas entre os alunos, em grupos pequenos, e, depois, a leitura individual de uma lista de palavras contendo os fonemas do inglês em diferentes contextos fônicos. Posteriormente analisaram-se os dados coletados, com base num contraste teórico entre o sistema desta língua e do português. Como parâmetro para o português, foi considerada a descrição minuciosa e atual de Cristófaro Silva (2001) e para o inglês, o modelo fonológico de Jekins (2000) para o uso/ensino desta língua internacionalmente, algumas vezes com menção às variedades britânica e americana padrão, no que se julgou necessário. Para uma melhor interface fonologia-ensino, tendo em vista a centralidade do aluno no processo pedagógico, aplicou-se um questionário para obter dados pessoais e a percepção dos alunos quanto à pronúncia de língua estrangeira (especialmente inglês) e o seu ensino numa perspectiva mais processual. Como resultados práticos, buscamos observar as dificuldades de pronúncia encontradas pelo falante brasileiro de português no aprendizado da língua inglesa e, pela utilização de exercícios/procedimentos que enfoquem essas dificuldades, identificar formas para superá-las. Por fim, sugere-se um trabalho pedagógico que enfoque não só o produto fonológico, mas também o processo de negociação da inteligibilidade, área relevante e carente de estudos. Como contribuição adicional, pensou-se a fonologia de uma forma mais abrangente e atual, evitando vê-la como elemento estático do código, não negociado nos diversos contextos reais.
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