Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE

3 de setembro de 1982

Esman Rodrigues Dias de Oliveira

Functores e Lexemas – revendo o primado do léxico

Orientação: Luiz Antonio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística

Resumo: A partir de uma velha distinção entre vocábulos ditos auto-semânticos ou categoremáticos e vocábulos sin-semânticos ou sincategoremáticos, procurou-se nesta dissertação analisar o que parece constituir uma tendência generalizada a privilegiar o primeiro membro da dicotomia. Para tanto, considera-se no capítulo inicial o que seria um caso representativo dessa postura do senso comum. Nos capítulos subseqüentes, buscou-se – a vôo de pássaro – delinear a evolução histórica da questão e estabelecer, paralelamente, a terminologia a ser utilizada. Delimitando o âmbito da discussão à análise de um pequeno grupo de verbos a que se tem conferido os nomes de copulativos e auxiliares, examina-se – com base em Benveniste (1965) – o papel desempenhado por essas formas. Em larga medida (ou, pelo menos, em essência), as considerações que se fazem sobre essa pequena classe verbal constituem uma duplicação ou reduplicação ao caso específico do português das formulações originais do autor. Atendendo a dois princípios característicos do que para este constituiria o processo de auxiliação, considera-se preliminarmente o comportamento sintático de uma das duas classes referidas. Sob este aspecto, serviu-nos outrossim Klima (1964). Numa etapa posterior da análise, à luz da noção de “unidade semântica indissolúvel” – tradicionalmente admitida sob a rubrica análoga, por outros estudiosos – considera-se a impropriedade da assertiva de ser desprovido de valor semântico o primeiro constituinte da díade auxiliante/auxiliado, característica de tais locuções. No que respeita aos verbos de pleno exercício correspondente às formas ditas auxiliares, procurou-se aduzir argumentos visando a demonstrar que uns e outros pertenceriam à mesma classe verbal.

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25 de junho de 1982

Maria Virgínia Leal

Lingüística e Afasias: breve contribuição da lingüística ao estudo das patologias da linguagem

Orientação: Luiz Antonio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Este trabalho visa a integrar a lingüística no contexto interdisciplinar que trata de uma das mais sérias perturbações da linguagem: as afasias. Todo especialista em linguagem sabe como tais perturbações têm sido postas de lado pelos lingüistas profissionais, fato analisado por Jakobson, no início da década de 40, quando só então elas passaram a ser consideradas como área de interesse para a lingüística – ainda que de forma bastante tímida e precária. A tarefa não é fácil, mas para abrir o campo a uma discussão eficaz, esta dissertação faz um breve levantamento histórico da questão, em todos os seus aspectos: neurológico, psicólogo, clínico e lingüístico. Ao acrescentar o componente lingüístico, estuda a relação linguagem e pensamento, unidades lingüísticas e suas alterações nas afasias e, finalmente, um esboço teórico das afasias à luz das teorias estruturalistas e gerativistas. Verifica, ao término do trabalho, a inadequação de determinados modelos teóricos aplicados às afasias. A partir disso, apresenta uma proposta de trabalho para aqueles lingüistas que desejem se dedicar aos estudos de patologia da linguagem, especialmente às afasias. Trata-se de um primeiro estágio no sentido de posicionar, teórica e metodologicamente, a lingüística em relação a essas perturbações. Posteriormente, o trabalho deverá ser retomado nos termos propostos no último capitulo da dissertação.

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4 de junho de 1982

Nelly Medeiros de Carvalho

Neologismos na Linguagem Jornalística Recifense

Orientação: José Brasileiro Vilanova
Área de Concentração: Linguística

Resumo: O presente trabalho busca mostrar o aspecto inovador da linguagem da imprensa diária, no sentido de conseguir uma maior comunicação com o público e, através do vocabulário atualizado, patentear sua atualização de pensamento, informação e noticiário. Buscou-se também que a linguagem pesquisada representasse a da imprensa diária da nossa díade. Nem todas as inovações lingüísticas surgidas no eixo centro-sul são adotadas entre nós e muitas formações são tipicamente regionais. Por isso, para a formação do nosso corpus, tomamos três jornais diários recifenses: O Diário de Pernambuco, o Jornal do Commercio e o Diário da Noite que foram analisados de 1 de julho de 1981 a 20 de agosto do mesmo ano. Estudamos, na referida linguagem, os neologismos conceptuais e formais de acordo com a classificação de M. Teresa Biderman.

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1 de junho de 1982

Lindinalvo Alexandrino de Almeida

O Trovadorismo Português na Moderna Poesia Brasileira

Orientação: Leônidas Câmara
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Dissertação originalmente sem resumo.

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7 de maio de 1982

Maria Lucia Travassos Sarinho de A. Galvão

O Cromatismo em Clarice Lispector

Orientação: Alan Magalhães Costa
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Clarice Lispector é uma autora contemporânea cuja obra permanecerá no tempo por ser original e possuir traços estilísticos de rara importância. O cromatismo constitui uma das mais relevantes características da escritora e esta pesquisa torna-se uma análise cujo tema é a linguagem das cores em Clarice Lispector e em nenhum momento pretende esgotar o tema, mesmo porque há plena consciência do limite estabelecido. Nosso espaço se restringe à coerência do simbolismo das cores utilizado pela escritora e à atuação de suas personagens, comprovando que, através de sua linguagem simbólica, Clarice nos revela variados e novos aspectos de uma realidade múltipla, fugidia. A escritora flagra o instante, demonstrando rara capacidade de percepção dos detalhes, no mais das vezes despercebidos, de uma realidade vivida no cotidiano. Sua penetração nos meandros do ser humano e a habilidade com que nos conduz nesse caminho atestam o poder de uma escritura que se instaura com arte permanente, oriunda de um talento invulgar. Não se permanece infenso às malhas trançadas por Clarice Lispector porque sua arte é a “própria dimensão fundadora do homem”, no dizer de Portela. Deixamos uma vereda, apenas iniciada, para os estudiosos da Literatura Brasileira que nela queiram prosseguir.

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