Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE

21 de dezembro de 2001

Roseanne Rocha Tavares

A Negociação da Imagem em Sala de Aula de Língua Inglesa

Orientação: José Carlos Gonçalves
Área de Concentração: Linguística (Doutorado)

Resumo: Este trabalho teve por objetivo analisar a negociação da imagem em sala de aula de língua inglesa. Partindo de uma visão de linguagem como atividade social, e com base nos pressupostos teóricos da Sociolingüística Interacional, da Análise da Conversação e da Lingüística Aplicada, realizou-se uma microanálise de aulas do ensino médio de uma escola Federal do Estado de Alagoas. O corpus para tal investigação foi estabelecido por meio de gravações em áudio e em vídeo com suas respectivas transcrições. A negociação da imagem foi observada com base em três tipos de discurso: o espontâneo, o de convívio, e o instrucional (Kramsch, 1987). Cinco tipos diferentes de estratégias foram estabelecidos. A principal estratégia nos mostra como o professor negocia a própria imagem e a de seus alunos, ao utilizar um discurso de convívio, principalmente em situações organizacionais, quando quer amenizar a imagem institucionalizada do poder. Além das estratégia, também analisaram-se as marcas discursivas usadas e pôde-se constatar que elas são de natureza diversa: há o humor, a informalidade, as palmas, o uso de palavras e expressões que indicam um sentido de coletividade, cada qual com sua específica estratégia de negociação e em um significado situado que considera o contexto no qual a interação ocorre. Em termos pedagógicos, a sala de aula se mostrou um contexto onde professor e alunos constroem uma cultura de ensinar e aprender; e mesmo que o enfoque do professor dado à tentativa de manter uma interação organizacional harmoniosa tenha sido maior do que o enfoque dado ao lado pedagógico, as estratégias de negociação da imagem ajudam nesse jogo de linguagem de regras e convenções.

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17 de dezembro de 2001

Avanilda Torres da Silva

Entre Óculos e Espelhos: as gradações do olhar (uma leitura da obra de Jorge Miguel Marinho)

Orientação: Lourival Holanda
Área de Concentração: Teoria da Literatura (Doutorado)

Resumo: O mitologismo se impõe modernamente em decorrência do enfraquecimento da forma clássica de narrar, do desaparecimento do realismo tradicional. A antiga certeza que norteava o narrador fica comprometida. É vasto o caminho percorrido pelo mito, pois nele se cruzam os elementos do maravilhoso e do fantástico, com todos os seus motivos e diversidades. A faculdade privilegiada de visão de Jorge Miguel Marinho, que não apenas destaca a linearidade, a razão, tem na paródia e no maravilhoso o cenário ideal para uma aplicação sensível. Ao criar um espaço crítico e livre de convenções sociais, permitindo aos personagens posturas e atitudes inesperadas, penetra o território do fantástico. Neste, a vida é posta à prova, e o insólito, o surreal, aos poucos se configuram como verossímeis. Por meio desse espelho invertido, o leitor é intimado a se colocar e a refletir sobre esta feição do mundo.

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7 de dezembro de 2001

Sophia Karlla Almeida Mota

Frevo e Identidade Sociocultural Pernambucana: um estudo etnoterminológico

Orientação: Nelly Medeiros de Carvalho
Área de Concentração: Linguística

Resumo: E objetivo desta dissertação de Mestrado fazer uma pesquisa exploratória sobre os aspectos etnoculturais da Terminologia, enquanto área de especialidade da Lingüística Aplicada, a partir da análise da constituição do vocabulário de um dos domínios específicos do português brasileiro contemporâneo, o Frevo Pernambucano. Para concretizar esse objetivo, primeiramente situamos o nosso objeto de estudo no campo da Lingüística, relacionando-os aos conceitos de identidade e cultura, enfatizando as manifestações folclóricas como representação simbólica dos movimentos populares por meio da linguagem, e considerando a palavra o elemento de integração e legitimação de identidade sociolingüística da cultura pernambucana. Apresentamos, em seguida os fundamentos teóricos da ciência da Terminologia, a partir dos aspectos relacionados a sua estruturação como um campo de conhecimento, para verificar as concepções teóricas que as aproximam e as distanciam até a focalização na TCT –Teoria Comunicativa da Terminologia, proposta por M. Teresa Cabré (1998). Expomos, ainda, as informações pertinentes sobre a relação existente entre Terminologia e Cultura, e em seguida, analisamos a constituição do vocabulário do frevo em Pernambuco, como elemento de legitimação institucional da identidade sociocultural do povo pernambucano.

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