Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE

27 de maio de 2003

Ilzia Maria Zirpoli

Vidas Re-Compostas: aventureiras, peregrinas, viajantes nos contos de Nélida Piñon

Orientação: Luzilá Gonçalves Ferreira
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Visamos a apreciar, na presente pesquisa, os contos de Nélida Piñon, “I Love My Husband”, “Torre de Roccarosa”, “A Sereia Ulisses” e “Finisterre”, evidenciando os processos de construção de sentido com relação às representações da mulher em nível do enunciado e da enunciação e relevando, nessas narrativas, o motivo condutor da viagem enquanto signo da maioridade feminina. Partindo da concepção da mulher nos discursos cristão e greco-latino, a escrita da autora opera uma refiguração da tradição, desviando o foco narrativo de uma posição fixada no masculino para ressignificar experiências da alteridade feminina e latino-americana.

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22 de maio de 2003

Edna Guedes de Souza

Dissertação: gênero ou tipo textual?

Orientação: Abuêndia Padilha Peixoto Pinto
Área de Concentração: Linguística

Resumo: O propósito deste trabalho é situar a dissertação como um gênero textual, a fim de desfazer o conflito existente entre seu conceito sob a ótica da tipologia textual tradicional e sua concepção na perspectiva sociointeracionista. Para tanto, fizemos uma breve apreciação da base epistemológica de língua/linguagem, do ponto de vista bakhtiniano, para, em seguida, discorremos sobre a noção de gênero e tipos textuais, fundamentando-nos nos postulados de Bakhtin (1992), Bronckart (1999), Dolz & Schneuwly (1996), Marcuschi (2000), entre outros; explicitamos a concepção de dissertação, numa perspectiva tradicional e procedemos à sua caracterização como gênero textual. Assentados nesse referencial teórico, finalizamos esta pesquisa comprovando nossa proposição com a análise dos questionários aplicados a professores de Língua Portuguesa do Colégio Visão, da Escola Dom Vital e do CEFET-PE (em Recife e em Pesqueira) e das dissertações produzidas por seus alunos. A análise dos questionários constatou a existência de uma confusão conceptual quanto à natureza discursiva da dissertação; já a análise dos textos permitiu-nos, a partir da observação das características dos planos da situação de ação de linguagem, discursivo e das propriedades lingüístico-discursivas – sobretudo, ao ser estabelecido o seu contexto de produção, tornar evidente a proposição de que a dissertação constitui-se num gênero textual. Esperamos que este esclarecimento venha a contribuir para que o processo ensino-aprendizagem da dissertação na escola torne-se mais natural e acessível à prática docente e ao aluno concluinte do Ensino Médio.

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19 de maio de 2003

João Jesus Rosa

Intertexto e Identidade Cultural em Aquele Um, de Benedito Monteiro

Orientação: Sônia Lucia Ramalho de Farias
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Este trabalho surgiu da necessidade de se estudar regionalismo e identidade cultural no romance Aquele um, do escritor paraense Benedito Monteiro, discutindo seus aspectos intertextuais à luz da teoria da intertextualidade do teórico soviético Mikhail Bakhtin. Escolheu-se Aquele Um por ser o livro que encerra a tetralogia do autor, onde está reunida somente a fala individualizada de seu personagem-elo Miguel dos Santos Prazeres extraída das obras anteriores, Verde vagomundo (1972), O minossauro (1975) e A terceira margem (1983). Trata-se de um monólogo reflexivo, onde o protagonista apresenta uma retrospectiva de sua vida, desde Verde vagomundo até A terceira margem. Seu interlocutor, nesta retrospectiva, é o próprio Benedito Monteiro. Publicado em 1985, Aquele Um está dividido em três momentos que correspondem aos três romances que o precederam: narrado a um major, narrado a um geólogo, narrado a um geógrafo. Todos aparecem no romance como interlocutores implícitos de um relato que se dá em primeira pessoa e a posteriori dos fatos. Aqui o herói da narrativa encerra sua epopéia iniciada em Verde vagomundo, passando pelos demais romances que lhe servem de caminhos e cenários para suas aventuras durante suas viagens pela Amazônia.

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