Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE

21 de dezembro de 1992

Vera Lucia Teixeira Carneiro

A Abordagem Intercultural no Ensino-Aprendizagem de Línguas Estrangeiras

Orientação: Francisco Gomes de Matos
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Este trabalho analisa o grau de competência sociolingüística e discursiva de aprendizes de língua francesa após 220 horas de aula pelo método archipel (livro 1), tendo como suporte produções escritas elaboradas individualmente, com a finalidade de simular um diálogo sobre o tema a compra ou aluguel de um imóvel. Para proceder ao estudo do corpus foram adaptados pressupostos e conceitos da sociolingüística (níveis e registros de formalidades e polidez), da lingüística de texto (coesão e elementos extralingüísticos da coerência), da etnografia da comunicação (competência comunicativa, situação de comunicação). A análise das produções evidenciou um grau elevado de inadequação cultural ao contexto sociocultural francês. A partir destes resultados, a autora sugere que, nas abordagens comunicativas de línguas estrangeiras modernas, seja dada maior ênfase à utilização de documentos autênticos diversificados; a exploração desses materiais propiciará a transformação da sala de aula num espaço intercultural e interdisciplinar, contribuindo, portanto, para uma melhor compreensão e aquisição do elemento cultural na aprendizagem.

» E-book disponível para acesso na Sala de Leitura César Leal - Centro de Artes e Comunicação - Campus UFPE

14 de dezembro de 1992

João Gomes da Silva Neto

Discurso Masculino, Percurso Feminino: um estudo sobre “O Cortiço”

Orientação: Sebastien Joachim
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Este trabalho tem o objetivo de estudar as representações literárias da feminilidade em “O Cortiço”. Para isso, analisamos como o narrador constrói a imagem da mulher, mediante os preceitos do Naturalismo literário e a historicidade do romance: suas personagens femininas circulam na paisagem carioca do final do século XIX, orientadas por valores patriarcais, colonialistas e racistas, típicos da época. A mulher, em seus papéis sociais, está também condicionada à normatização ideológica da família, considerados os padrões burgueses e capitalistas que, na época, orientavam os idéias de decência e progresso. Marcadas pelo determinismo que fundamenta o pensamento naturalista, as representações da feminilidade são articuladas em função de esquemas simbólicos maniqueístas, associados ao dinheiro, à raça e ao sexo. Situada no plano negativo e maligno do imaginário, a imagem literária da mulher é uma síntese do prazer e do sofrimento: ameaça constante ao poder instituído, ideologicamente identificado com as representações da masculinidade veiculadas pelo discurso do narrador.

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