Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE

21 de dezembro de 2001

Roseanne Rocha Tavares

A Negociação da Imagem em Sala de Aula de Língua Inglesa

Orientação: José Carlos Gonçalves
Área de Concentração: Linguística (Doutorado)

Resumo: Este trabalho teve por objetivo analisar a negociação da imagem em sala de aula de língua inglesa. Partindo de uma visão de linguagem como atividade social, e com base nos pressupostos teóricos da Sociolingüística Interacional, da Análise da Conversação e da Lingüística Aplicada, realizou-se uma microanálise de aulas do ensino médio de uma escola Federal do Estado de Alagoas. O corpus para tal investigação foi estabelecido por meio de gravações em áudio e em vídeo com suas respectivas transcrições. A negociação da imagem foi observada com base em três tipos de discurso: o espontâneo, o de convívio, e o instrucional (Kramsch, 1987). Cinco tipos diferentes de estratégias foram estabelecidos. A principal estratégia nos mostra como o professor negocia a própria imagem e a de seus alunos, ao utilizar um discurso de convívio, principalmente em situações organizacionais, quando quer amenizar a imagem institucionalizada do poder. Além das estratégia, também analisaram-se as marcas discursivas usadas e pôde-se constatar que elas são de natureza diversa: há o humor, a informalidade, as palmas, o uso de palavras e expressões que indicam um sentido de coletividade, cada qual com sua específica estratégia de negociação e em um significado situado que considera o contexto no qual a interação ocorre. Em termos pedagógicos, a sala de aula se mostrou um contexto onde professor e alunos constroem uma cultura de ensinar e aprender; e mesmo que o enfoque do professor dado à tentativa de manter uma interação organizacional harmoniosa tenha sido maior do que o enfoque dado ao lado pedagógico, as estratégias de negociação da imagem ajudam nesse jogo de linguagem de regras e convenções.

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17 de dezembro de 2001

Avanilda Torres da Silva

Entre Óculos e Espelhos: as gradações do olhar (uma leitura da obra de Jorge Miguel Marinho)

Orientação: Lourival Holanda
Área de Concentração: Teoria da Literatura (Doutorado)

Resumo: O mitologismo se impõe modernamente em decorrência do enfraquecimento da forma clássica de narrar, do desaparecimento do realismo tradicional. A antiga certeza que norteava o narrador fica comprometida. É vasto o caminho percorrido pelo mito, pois nele se cruzam os elementos do maravilhoso e do fantástico, com todos os seus motivos e diversidades. A faculdade privilegiada de visão de Jorge Miguel Marinho, que não apenas destaca a linearidade, a razão, tem na paródia e no maravilhoso o cenário ideal para uma aplicação sensível. Ao criar um espaço crítico e livre de convenções sociais, permitindo aos personagens posturas e atitudes inesperadas, penetra o território do fantástico. Neste, a vida é posta à prova, e o insólito, o surreal, aos poucos se configuram como verossímeis. Por meio desse espelho invertido, o leitor é intimado a se colocar e a refletir sobre esta feição do mundo.

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7 de dezembro de 2001

Sophia Karlla Almeida Mota

Frevo e Identidade Sociocultural Pernambucana: um estudo etnoterminológico

Orientação: Nelly Medeiros de Carvalho
Área de Concentração: Linguística

Resumo: E objetivo desta dissertação de Mestrado fazer uma pesquisa exploratória sobre os aspectos etnoculturais da Terminologia, enquanto área de especialidade da Lingüística Aplicada, a partir da análise da constituição do vocabulário de um dos domínios específicos do português brasileiro contemporâneo, o Frevo Pernambucano. Para concretizar esse objetivo, primeiramente situamos o nosso objeto de estudo no campo da Lingüística, relacionando-os aos conceitos de identidade e cultura, enfatizando as manifestações folclóricas como representação simbólica dos movimentos populares por meio da linguagem, e considerando a palavra o elemento de integração e legitimação de identidade sociolingüística da cultura pernambucana. Apresentamos, em seguida os fundamentos teóricos da ciência da Terminologia, a partir dos aspectos relacionados a sua estruturação como um campo de conhecimento, para verificar as concepções teóricas que as aproximam e as distanciam até a focalização na TCT –Teoria Comunicativa da Terminologia, proposta por M. Teresa Cabré (1998). Expomos, ainda, as informações pertinentes sobre a relação existente entre Terminologia e Cultura, e em seguida, analisamos a constituição do vocabulário do frevo em Pernambuco, como elemento de legitimação institucional da identidade sociocultural do povo pernambucano.

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26 de outubro de 2001

João Denys Araújo Leite

Um Teatro da Morte: transfiguração poético do Bumba-meu-Boi e desvelamento sociocultural na dramaturgia de Joaquim Cardozo

Orientação: Ricardo Bigi de Alquino
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Este trabalho estuda a obra dramatúrgica de Joaquim Cardozo tomando como enfoque principal as obras O Coronel de Macambira(1963), De uma Noite de Festa(1971) e Marechal, Boi de Carro(1975), todas compostas como gênero teatral Bumba-meu-Boi. A investigação desta trilogia demonstra como o autor opera uma transfiguração poética da manifestação popular Bumba-meu-Boi e desvela significativas relações socioculturais. Numa visada interdisciplinar, de base cultural, este estudo busca inaugurar uma abordagem crítica da dramaturgia cardoziana. Tal esforço possibilita examinar pilares importantes da estrutura teatral do Bumba, enquanto produto artístico das camadas subalternas da sociedade brasileira e como produto das pesquisas de folcloristas, antropólogos e intelectuais. A análise retoma, outrossim, um debate sobre literatura teatral e cultura popular, e o folclore. A diversidade de fragmentos temáticos apresentados, ou postos em questão, busca revelar como Cardozo constrói uma poética teatral moderna. Essa construção entrecruza elementos dos questionamentos e debates seculares, acima aludidos, com um universo de influências dramatúrgicas antigas e contemporâneas. Dessas influências, destacam-se expressões culturais locais com partículas de algumas expressões teatrais e filosóficas do Oriente, com empréstimos tomados das ciências, com um intenso trabalho com a linguagem, com cenas fragmentadas, múltiplas e diversas que apontam para um teatro épico moderno. Ao reiterar em todos os seus Bumbas as mais variadas e fundantes concepções de morte, reerguendo e dando vida a personagens e episódios da História dos deserdados, em contraponto com a História dos donos do poder, o autor consolida uma obra letrada de perspectiva eminentemente popular. Esta obra super-regionalista, em sua atualidade crítica, distende a visão do ser humano plantado em seu chão, conferindo-lhe uma dimensão cósmica. Urdindo um texto teatral singular, em que a região é delineada como espaço de fronteiras arbitrárias, Cardozo se apropria da principal matéria-prima de sua criação – transformando-a por meio de torções e distensões análogas às realizadas pelos topólogos – reordena, estabelece e insere o Bumba na tradição do texto teatral escrito, criando um conjunto dramatúrgico híbrido, mas absoluto em sua teatralidade, marcado por um discurso incisivo contra toda vida destrutiva, ao qual denominamos um teatro da morte.

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24 de outubro de 2001

Cinthya Lúcia Martins Torres Saraiva de Melo

Anáfora Indireta Esquemática Pronominal: uma anáfora coletiva e genérica e coletiva restritiva

Orientação: Luiz Antonio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística

Resumo: O propósito deste trabalho é, essencialmente, investigar o comportamento da anáfora indireta esquemática pronominal de terceira pessoa do plural (AIEP) cujos referentes não estão explicitados do texto, mas ativados a partir de uma âncora textual que projeta os referentes de forma representacional. Nessa perspectiva, o pronome não é visto como tradicionalmente postulado, isto é, um anafórico que deveria necessariamente retomar um outro elemento anteriormente explicitado na contextualidade mantendo, contudo, a coesão e a coerência discursiva. Nosso objetivo é mostrar que essa anáfora se realiza mediante dois processos: (1) inferencial, caracterizado pela ativação de referentes identificáveis através de um coletivo genérico, enquadrado no universo das representações conceituais criando um espaço mental de estruturação auxiliado pelo contexto; e (2) cognitivo, caracterizado pela seleção de referentes identificados através de um coletivo restritivo, enquadrado no universo das representações semânticas criando um espaço mental de estruturação auxiliado pelo contexto. Como apoio teórico utilizamos a Lingüística de Texto, a Lingüística Cognitiva e a Lingüística Pragmática, que permitem explicar esses processos. Para tanto, recorremos aos estudos de L.A. Marcuschi (1998a, 2000, 2001a) e outros citados na bibliografia, por ter o autor desenvolvido um estudo pioneiro e sistemático da AIEP sob a perspectiva da referenciação. O corpus é composto de 10 gravações de telejornais e de 12 entrevistas coletadas nas revistas Veja e Você S.A., dois gêneros que se caracterizam como textos de mescla (produzidos num meio e recebidos em outro). As análises realizadas mostram que as AIEPs são mais comuns nas entrevistas da Veja e Você S.A. do que nos telejornais, mas sempre ocorrem de acordo com a intencionalidade de seus produtores. Também foi constatado que, embora típica da oralidade, essa estratégia não se restringe aos textos tipicamente falados, o que reforça a idéia de que o telejornal representa a escrita em formato padrão habitual, caracterizando-se como um gênero que não representa a fala, mas uma oralização da escrita.

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23 de outubro de 2001

Sandra Carla Ferreira de Castro

A Retórica dos Links no Hipertexto

Orientação: Luiz Antônio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Numa perspectiva mais ampla, este trabalho analisa a escritura eletrônica não-seqüencial e não-linear: o hipertexto, em um ambiente natural na rede mundial. Através dessa ferramenta, investiga, especificamente, a natureza das ligações eletrônicas estruturadas em itens lexicais, sintagmáticas ou ícones: o link. Tomando por base sugestões de Nicholas C. Burbules (1998), serão verificados: (a) os processos de seleção de um determinado item lexical ou sintagma para a formação de um link; (b) os valore envolvidos nessa decisão; (c) as redes semântico-pragmáticas estabelecidas por eles. No que diz respeito às análises, é necessário deixar claro que não há um corpus, uma vez que num trabalho hipertextual, a montagem de um corpus surge como impraticável, pois é impossível mapear todas as interconexões existentes na rede (web). Por isso, tornou-se mais pertinente a análise de domínios discursivos, no intuito de garantir, o quanto possível, a realidade virtual. A partir dessas análises, foi verificado que os links não são simplesmente elementos retóricos, porque exploram o estilo (figuras de linguagem), mas porque articulam idéias, argumentos, na medida em que contribuem para atrair o internauta, bem como mantê-lo “preso” ao site. Isso ratifica a conclusão de que os links são elementos persuasivo, pois contribuem para formar uma rede semântico-pragmática de informações.

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3 de outubro de 2001

Manoel Joaquim Leite Neto

A Fala do Sertanejo de Cedro-Sertão Central de Pernambuco

Orientação: Nelly Medeiros de Carvalho
Área de Concentração: Linguística

Resumo: O propósito do presente trabalho é documentar a variedade da língua portuguesa falada pelo sertanejo do município de Cedro, Sertão Central de Pernambuco, no tocante aos aspectos morfológicos tidos como formas estigmatizadas, levando-se em consideração a ocorrência dos seguintes fenômenos: acréscimo/diminuição e transposição/permuta de fonemas. Partimos da hipótese de que, longe de estar eivada de erros, essa variedade, apenas reflete, por um lado, em certos momentos, estágios passados da língua quando faz, por exemplo, uso de termos arcaicos: prumode, pregunta, adispois, luita etc. e, por outro lado, noutros momentos, ao usar termos diferenciados da norma padrão, tais como: adoar, ajogar, improbir, desfraco, arrepara, etc., nada mais faz do que utilizar-se dos recursos da própria língua, como a analogia e a generalização tão largamente utilizados pelos falantes na evolução do próprio idioma. Foram entrevistados 34 informantes, considerando-se as seguintes variáveis: faixa etária, distribuição geográfica (zona urbana e rural), e grau de instrução. Verificamos que formas consideradas mais estigmatizadas embora se façam presentes na fala de todos os informantes, é na dos mais idosos que elas se manifestam em maior escala, o que nos leva entender que quanto a estes há uma grande resistência às mudanças e quanto àqueles há uma progressiva diminuição do uso dessas formas estigmatizadas.

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21 de setembro de 2001

Magda Ertha Galvão de Souza

Gírias e Expressões Populares, usos no Português falado de escolarizados e não-escolarizados na RMR

Orientação: Nelly Medeiros de Carvalho
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo pesquisar a gíria e as expressões populares na Região Metropolitana do Recife, no sentido de identificar usos mais freqüentes, assim como elementos específicos de cada uma delas, relacionando-se também ao contexto social em que surgiram a fim de verificar semelhanças e diferenças reveladoras da inserção de cada categoria na sociedade. Procuramos direcionar o trabalho de maneira que os vocábulos coletados fossem a expressão do cotidiano dos indivíduos pertencentes aos agrupamentos pesquisados, como meio de retratar mais claramente a relação interdependente do fenômeno lingüístico com a realidade social vivida. Para isso, elaboramos um questionário que foi utilizado na abordagem de informantes escolarizados e não-escolarizados na RMR. Analisamos, no fenômeno giriático e nas expressões populares, sua possível relação com eventos sociais e sua formação dentro do sistema da língua portuguesa falada no Brasil.

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6 de setembro de 2001

José de Andrade Falcão Filho

A Propaganda Institucional: usos léxicos nas estruturas de argumentação discursiva

Orientação: Nelly Medeiros de Carvalho
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Esta dissertação descreve o papel do léxico nas estruturas de argumentação do discurso na propaganda institucional. Situando-se no campo dos estudos lingüísticos da Lexicologia e da Semântica, com o suporte de alguns conceitos da Teoria da Comunicação e da Argumentação, além da Retórica e da Análise do Discurso, o trabalho, numa abordagem qualitativa, analisa a estrutura de argumentação discursiva utilizada na propaganda impressa de instituições públicas e privadas, com ênfase no aspecto lexical. Para tanto, utiliza-se de um corpus constituído de 21 textos de dezenove organizações, nacionais ou multinacionais, dos mais diversos tamanhos, níveis de sofisticação e setores econômicos, extraídos de três revistas de temática variada e grande circulação nacional (Veja, Isto É e Época). A análise da estrutura argumentativa desse gênero discursivo e dos recursos retórico-lingüísticos nele existentes fundamentou-se em pressupostos teóricos de correntes filosófico-lingüísticas desde Aristóteles aos mais recentes cientistas da linguagem que abordam a temática. A investigação conduz à constatação de que o discurso da propaganda institucional segue a estrutura de organização da retórica clássica, em que o léxico tem relevante participação e influência, enquanto elemento lingüístico ampliador da forca suasória, clara e dissimulada de um discurso que se propõe, através de suas mensagens verbais, antes de informar, provocar nas pessoas a mudança de atitudes, raciocínios, idéias e formas de comportamento.

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31 de agosto de 2001

Angela Valéria Alves da Silva

Fogo Cruzado: a interação entre a linguagem verbal e não-verbal

Orientação: Maria da Piedade Moreira de Sá e Dóris de Arruda Carneiro Cunha
Área de Concentração: Linguística

Resumo: A análise comparativa de dois debates do programa Fogo Cruzado procura mostrar como a linguagem não-verbal pode contribuir para a constituição da interação, não representando apenas um complemento da linguagem verbal, como acreditam muitos estudiosos, mas assumindo um papel de fundamental importância no processo comunicativo. Procuramos mostrar, com a análise de nosso corpus, que a linguagem do corpo pode revelar muitas informações sobre os interactantes durante a conversação e sobre a imagem que os falantes fazem de si mesmos e de seus interlocutores. Além disso, a comunicação corporal pode retomar um enunciado verbalizado para enfatizá-lo, esclarecê-lo, modificá-lo, contribuindo, assim, para a constituição da interação. Em nosso corpus, encontramos inúmeros exemplos que podem ilustrar esses aspectos. O resultado da análise aponta para uma possível descrição da gestualidade brasileira.

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8 de agosto de 2001

Niege da Rocha Guedes

A Ambigüidade dos Textos Publicitários Impressos

Orientação: Maria da Piedade Moreira de Sá e Dóris de Arruda Carneiro da Cunha
Área de Concentração: Linguística

Resumo: A persuasão está presente em vários tipos de discurso, notadamente no discurso publicitário, uma vez que ele se estrutura com o intuito de informar e conquistar o público ao qual se destina. É objetivo do presente trabalho estudar os recursos usados na publicidade para convencer o receptor/consumidor das vantagens do produto que está sendo anunciado, sendo a ambigüidade objeto de especial atenção. Estudamos a ambigüidade como estratégia discursiva e recurso eficaz para convencer o leitor a consumir o produto que está sendo oferecido. O corpus da pesquisa constitui-se de treze publicidades extraídas da revista Veja semanário de grande circulação nacional, cujos anúncios abrangem um publico bastante diversificado. Fizemos um levantamento dos elementos que favorecem a ambigüidade e tentamos mostrar em que medida esta contribui para a persuasão do público alvo das publicidades. A linguagem foi estudada numa perspectiva bakhtiniana, enquanto fenômeno dialógico, como reflexo e expressão dos valores que a sociedade acredita e aceita. A conclusão a que chegamos é que a ambigüidade é as mais das vezes um recurso eficaz usado pelo produtor do texto publicitário para convencer seu interlocutor e evidentemente, fazê-lo adquirir o produto oferecido.

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2 de julho de 2001

Marly Gondin Cavalcanti Souza

O impulso gerador dos títulos musicais na poesia de Da Costa e Silva e Moura Rego

Orientação: Sebastien Joachim
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Esta dissertação objetiva analisar como se estabelece a relação entre música e literatura, considerando ponto de partida o impulso gerador dos títulos musicais como elementos paratextuais dos poemas de dois autores piauienses: Moura Rego e Da Costa e Silva, oferecendo uma alternativa de leitura e de análise da poesia, através de uma abordagem pela ótica da música, forma de lazer preferida pelos piauienses. O trabalho se organiza em quatro partes: a primeira delas fundamenta os conceitos envolvidos desde o mais geral – arte – até chegar ao ponto básico que é a relação entre música e poesia, particularizando na literatura piauiense. A segunda, bem como a terceira parte, trata da investigação da presença do impulso gerador dos títulos musicais na obra poética dos dois artistas, através de dois ângulos: o das formas musicais e o das menções feitas à música ou a seus elementos. A última parte focaliza o recurso da intertextualidade usado pelos poetas com títulos de músicas conhecidas. Este estudo evidencia que os títulos musicais dos poemas conduzem o leitor para a posição de ouvinte, estreitando a ligação entre as duas artes, promovendo o encontro das águas, ao mesmo tempo abrindo a perspectiva de experiência estética numa vivência mais ampla.

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29 de junho de 2001

Gilvano Vasconcelos Neves Pereira

Cavatina do Delírio: amor e morte na poesia de Castro Alves

Orientação: Lourival Holanda
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Nesta dissertação analisaremos a obra lírico-amorosa de Castro Alves, como ponto central de nossa investigação o conceito de delírio. Apoiando-nos na teoria psicanalítica kleiniana, abordaremos primeiramente a obra amorosa do poeta, na qual salientaremos sua expressão amorosa, tão dependente do delírio poético como elemento que impulsiona o fazer poético. Em seguida abordaremos a expansão e o retraimento dessa enunciação desejante e a tensão que resulta, sendo traduzida na objetividade da expressão amorosa e na tematização da perda e, posteriormente, da morte. Finalizamos com uma leitura das principais imagens da poesia alvesiana.

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18 de junho de 2001

Norma Bezerra de Brito

O Professor de Inglês como Explicador Gramatical: um estudo discursivo-interacional em sala de aula

Orientação: Francisco Gomes de Matos
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Na Pedagogia das Línguas o ensino da gramática tem sido efetuado através de explicações sobre os fatos lingüísticos, cujo foco está na transmissão e não interpretação desses fatos. Leva-se em conta o aspecto puramente formal, o ensino de regras. O objetivo desta pesquisa é investigar as estratégias de explicação gramaticais em inglês, como elas podem contribuir para a aprendizagem da referida língua e que tipos de relações se estabelecem entre professores e alunos. Para isso, torna-se necessário observar-se o modo pelo qual a comunicação se efetua, considerando-se os papéis sociais desempenhados pelos interagentes, para se detectar possíveis assimetrias nas relações entre professores e aprendizes. A pesquisa foi realizada em duas instituições de ensino superior de Recife e tem como base uma abordagem de cunho etnográfico. O estudo trata, ainda, da relação do ensino de Inglês com os direitos gramaticais do aprendiz, o aspecto lúdico, a conexão –forma, significado e uso- a estrutura discursiva (Iniciação, Resposta, Avaliação –IRA), marcadores conversacionais e outros elementos –chave. Constata-se que, em alguns momentos o professor assume uma postura de poder. Verifica-se também que as explicações são dadas como base na forma e no significado sem considerar o contexto da situação. Finalmente, este trabalho discute aplicações e implicações pedagógicas e sugere um reposicionamento do professor como explicador gramatical e uma reflexão sobre os processos interacionais em sala de aula para uma aprendizagem mais efetiva.

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11 de junho de 2001

Megan Parry de Castro Duque Estrada

Marcadores Tags em Narrativas Orais Paraenses

Orientação: Luiz Antonio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística (Doutorado)

Resumo: Esta tese de doutorado investiga o uso de marcadores tags em narrativas orais acerca do imaginário da Amazônia paraense. Foram selecionados quatro representantes desse conjunto – né, sabe, viu e entendeu – para serem analisados de acordo com sete variáveis e respectivos traços, tendo como objetivo a identificação das suas características e funções pragmáticas em histórias de encantamento e assombração. É uma pesquisa de cunho empírico-indutivo, com o suporte teórico básico da Análise da Conversação, complementado por conceitos oriundos da Pragmática, do Princípio da Polidez, do Princípio da Pertinência e das Estruturas de Expectativa, além de estudos sobre a narrativa oral, na linha da Sociolingüística. O tratamento analítico dos dados é tanto quantitativo quanto qualitativo, na tentativa de mostrar, de forma mais abrangente, o funcionamento pragmático dos marcadores em foco, no gênero-alvo. A partir da discussão teórica e do levantamento estatístico dos dados, constatou-se a existência de funções comuns aos marcadores tags, assim como funções específicas de cada um dos elementos analisados, que variam de acordo com fatores como a natureza da interação, a fonte enunciativa, as intenções comunicativas dos interactantes, o tipo e o conteúdo dos enunciados que os marcadores abrangem, a modalidade de texto e as seções da narrativa, o contexto e a situação de comunicação. Concluiu-se que a escolha e o uso dos marcadores tags, nas narrativas orais objeto desta investigação, são afetados pelo gênero de texto em que se inserem e motivados, principalmente, pela relevância e pela necessidade de preservação das faces, gerando, assim, uma classificação que se subdivide em dois grupos: marcadores de relevo e marcadores de atenuação. Observou-se também a multifuncionalidade desses marcadores e a possibilidade de intercâmbio em determinadas situações. O estudo pormenorizado das ocorrências foi privilegiado num primeiro momento para, em seguida, ser feita uma análise comparativa das características e funções dos marcadores tags selecionados e, finalmente, serem elaborados quadros demonstrativos de seu uso em narrativas orais.

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30 de maio de 2001

Emilia Maria Peixoto Farias

A Linguagem da Moda no Português Contemporâneo

Orientação: Nelly Medeiros de Carvalho
Área de Concentração: Linguística (Doutorado)

Resumo: Este trabalho tem como objetivos principais elaborar um glossário dos termos da Moda, descrever os termos participantes desse universo discursivo em língua portuguesa, variante brasileira, e analisar os neologismos da área através dos processos de formação, considerando aspectos morfossintáticos e semânticos. O corpus utilizado na pesquisa foi formado por termos extraídos do glossário elaborado a partir de material de divulgação em circulação no Brasil, na década de 90. A análise das formações neológicas do universo investigado fundamentou-se, principalmente, nos postulados apresentados por Sandman (1989), Alves (1990) e Rocha (1990). Os resultados da análise confirmam a hipótese de que a atualização do subsistema lexical da Moda dá-se através dos recursos disponibilizados na língua comum.

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28 de maio de 2001

Eliete Maria Araújo Santana

O Processo da Re(escrita): uma trajetória lingüístico-cognitiva-sociointeracionista

Orientação: Abuêndia Padilha Peixoto Pinto
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Objeto de inúmeros estudos, o processo da escrita tem evoluído de uma visão centrada no produto para o enfoque nos processos cognitivos e, recentemente, para uma perspectiva sócio-interacionista. O propósito central desta pesquisa consiste em investigar a natureza dos processos lingüístico-cognitivos e sócio-interativos envolvidos na produção escrita de textos de alunos do ensino médio e suas implicações na (re)escrita, fundamentada numa concepção de linguagem como processo de interação e mediação nas varias situações de comunicação e intencionalidade. Para a constituição do corpus, recorreu-se a questionários, entrevistas gravadas em áudio, oficinas de produção e reescrita de textos, diários reflexivos, e o processo discursivo para a atividade de retextualização. Os dados desta análise foram obtidos a partir de uma abordagem qualitativa observacional. Nesta perspectiva, investigaram-se os processos e as estratégias desenvolvidas pelos dez sujeitos focais da pesquisa no contexto do processamento textual. Discutiu-se também o papel dos interlocutores – professor/aluno(s), aluno/aluno(s) – na sua construção das habilidades de enunciação do sujeito em processo de desenvolvimento da prática discursiva na elaboração e reelaboração de textos escritos. Os resultados da pesquisa proporcionaram reflexões que possibilitam alterações no processo ensino-aprendizagem da escrita visando recuperar o aluno como leitor e produtor crítico de seu próprio texto.

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3 de maio de 2001

José Carlos Targino Bezerra

João Cabral e a Psicologia da Composição: um lance de dados contra a l írica tradicional

Orientação: Luzilá Gonçalves Ferreira
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Esta dissertação resultou do interesse do autor por uma concepção e uma prática poética que privilegiassem aspectos literários renovadores. O melhor exemplo disso lhe pareceu residir na poesia de João Cabral de Melo Neto. Por isso, escolheu-a como pretexto para discutir esse tipo de poética, tomando como motivo condutor a obra Psicologia da Composição, livro por demais importante na carreira do poeta pernambucano, por ser, ao mesmo tempo que poesia sobre poesia, uma encruzilhada da qual este partiu para se tornar o poeta que viria a marcar a lírica brasileira do século XX com o carimbo da originalidade. Os três capítulos do presente trabalho abordam aspectos que, diferentes entre si, colaboram, todavia, para dar uma idéia razoável das estratégias dessa poética e do seu significado para a moderna poesia brasileira. O primeiro capítulo trata do silêncio como saída para escapar ao lirismo fácil e ao automatismo do acaso; o segundo, da composição poética em si, seus modos, sua psicologia; o terceiro, finalmente, encara a questão do vocabulário cabralino, no qual a metáfora proposta pelo termo lexical é vista pelo avesso, provocando estranhamento e repúdio. Busca-se, enfim, situar João Cabral de Melo Neto em relação não apenas à tradição poética brasileira mas também no contexto da modernidade lírica ocidental.

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30 de abril de 2001

Rodrigo Jungmann de Castro

Descrições Definidas: de Bertrand Russel a visão pragmática

Orientação: Luiz Antônio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística

Resumo: A teoria das descrições de Bertrand Russel é com justiça exaltada como sendo uma contribuição original para o pensamento lógico e semântico. É também um dos marcos da filosofia analítica no século XX. Sabe-se que na análise de proposições em que estão presentes as descrições definidas encontram-se paradoxos lógicos que a teoria Russell buscava resolver. Embora se possa admitir que as propostas de Russel têm muito a recomendá-las no campo da lógica, a Teoria das Descrições também deu margem a um certo número de críticas. Vários filósofos atacaram a teoria de Russel sob a alegação de que ela não faz justiça ao uso lingüístico real. Um dos mais notáveis desses filósofos foi Peter F. Strawson, cujo artigo On Refering, de 1950, abriu o caminho para uma boa parte da contestação moderna à posição russelliana. Em seu paper de 1966, Reference and Definite Descriptions, Keith S. Donnellan critica Russell e Strawson por não perceberem a importância decisiva do contexto de emissão para a análise de proposições com descrições definidas. Donnellan nota que as descrições definitivas podem ter, em contextos diversos, qualquer de dois usos que ele chamou de atributivo e referencial. Para Donnellan, o uso referencial das descrições definidas não pode ser explicado no quadro da teoria de Russell. Nosso objetivo nesse trabalho é investigar se a Teoria das Descrições de Russell devem ou não ser revisada em resposta às objeções de Strawson e à distinção atributivo/referencial estabelecida por Donnellan. Com este intuito, os capítulos de 4 a 7 são dedicados a um exame detalhado das posições de alguns dos principais autores que escreveram comentários sobre a temática. Embora se admita amplamente que as descrições definidas são expressões sensíveis ao seu contexto de uso e que considerações pragmáticas, além de semânticas, são necessárias em qualquer tratamento adequado de seu uso real, os autores divergem quanto à necessidade de revisar a teoria de Russel e quanto à caracterização da dimensão pragmática relevante. No capítulo 7, defendemos a posição de François Recanati, dando um destaque especial à sua caracterização da irrelevância vericondicional das descrições definidas no uso referencial. No capítulo 8, propomos a tese de que os usos atributivo e referencial das descrições definidas diferem significativamente no que diz respeito ao tipo de padrões inferenciais presentes na passagem do mundo para a linguagem.

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José Lucas da Silva

A Solidariedade da Propaganda de Multinacionais Estrangeiras no Brasil: aspectos icônico-verbais

Orientação: Luiz Antonio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Este trabalho se situa no campo dos estudos da linguagem conhecidos como Análise do Discurso e analisa algumas características das propagandas impressas de multinacionais no Brasil e utiliza a solidariedade como elemento de persuasão. O corpus desta dissertação é constituído por dez anúncios publicitários veiculados nas revistas Veja e Isto É um período de setembro/1998 a março/2000, sendo quatro multinacionais recém-chegadas ao Brasil (Asler e Peugeot) e de empresas estrangeiras que estão ha décadas no país (Johnson, Esso e Schering). Na análise dos aspectos verbais, utilizamos o instrumental de Norman Fairclough que considera a relação entre linguagem e sociedade como interna e dialética e não externa e casual. O lingüista inglês baseia-se numa concepção tridimensional do discurso -constituída simultaneamente pelo texto, pela prática discursiva e pela sociocultural- para propor uma análise do discurso também tridimensional, composta pela Descrição, Interpretação e Explicação. Os aspectos icônicos são analisados a partir do referencial teórico dos lingüistas Gunther Kress e Theo van Leeuwen, que mostram como pessoas, lugares e coisas se articulam em imagens para produzirem significados. Já o estudo do conceito de solidariedade está ancorado principalmente na teoria dos sociólogos Émile Durkheim e Jean Duvignaud.

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27 de abril de 2001

Alexandre Furtado de Albuquerque Correia

Os Feitiços da Ilha: senhas imaginadas para identidades culturais

Orientação: Alfredo Adolfo Cordiviola
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: O Feitiço da Ilha do Pavão, de João Ubaldo Ribeiro, é analisado neste trabalho buscando-se compreender a forma pela qual o autor trabalha diversamente certos aspectos das nossas identidades culturais. Serão consideradas as fronteiras entre a História e a Literatura, bem como o papel de ambas na construção identitária. O estudo também se propõe a refletir sobre a construção imagético-discursiva da nação e analisar as representações das diferentes vozes da obra, privilegiando certas falas como a do índio, a da mulher e a do negro, que no texto ganham dimensões destacadas. O modo de elaboração da comunidade inserida na Ilha do Pavão enseja a discussão sobre conflitos de poder, raça e gênero, bem como o que for imaginado e subvertido no romance.

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18 de abril de 2001

Ângela Vilma Santos Bispo

A Tessitura humana da palavra: Herberto Sales, contista

Orientação: Alfredo Adolfo Cordiviola
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Estudo da contística do escritor/romancista Herberto Sales. Focalizam-se três dos seus quatro livros de contos: Histórias Ordinárias, Uma Telha de Menos e Armado Cavaleiro O Audaz Motoqueiro. Problematiza-se a história desse escritor como contista: a relação pessoal de fascínio e horror pelo conto, haja vista ter iniciado a sua carreira literária com a narrativa curta e tê-la abandonado após a publicação do quarto livro; seu reencontro com tal gênero só depois de publicados os três primeiros romances; as relações temáticas e formais nesse entrecruzamento conto e romance; as incidências temáticas entre campo e cidade; as relações formais mantidas por esse escritor com a tradição e com a inovação; o compromisso com o novo proveniente do compromisso com o homem contemporâneo. Analisam-se dez contos buscando corroborar, e compreender, essas relações de ordem estética e social, e tentando desvelar algumas peculiaridades artesanais em conformidade com tais relações.

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9 de abril de 2001

Patrícia Soares Silva

Considerações sobre o Ponto de Vista no Esaú e Jacó

Orientação: Maria da Piedade Moreira de Sá
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Árduo e longo foi o caminho de Machado de Assis até ser apontado como “mestre” das nossas letras. Quando jovem, desempenha as funções mais diversas – sacristão, tipógrafo, revisor de provas- enquanto, mediante um esforço autodidata, foi construindo a sólida formação que o tornaria profundo conhecedor da língua vernácula e da literatura universal. O domínio da expressão literária permite a Machado escrever obras que contemplam quase todos os gêneros: teatro, poesia, romance e conto, além das crônicas e artigos de crítica. O teatro e a poesia literária de Machado de Assis e vale a pena salientar que estes gêneros não figuram entre as principais realizações do autor. Machado é, sem dúvida um mestre do romance e do conto, entretanto, no teatro e na poesia, ele se revela apenas mediano.

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5 de abril de 2001

Edson Tavares Costa

“Nítido como um Girassol”: as metamorfoses do olhar em Aberto Caeiro

Orientação: Luzilá Gonçalves Ferreira
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Essa dissertação tem como objeto de análise os poemas de Alberto Caeiro, heterônimo do poeta português Fernando Pessoa. Observando diversas nuances do olhar no texto, utilizamos os conceitos de Semiótica de Charles Sanders Peirce, no que diz respeito à percepção fenomenológica da realidade. De forma periférica, mas pertinente, são abordados temas como o universo pessoano, os heterônimos considerados discípulos de Alberto Carreiro, propostas filosóficas defendidas por Fernando Pessoa e o grupo moderno. Além de considerações a respeito do olhar, do ponto de vista da fenomenologia peirceana.

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30 de março de 2001

Renata Pimentel Teixeira

Uma Lavoura de Insuspeitos Frutos (Leitura de Lavoura Arcaica, de Raduan Nasser)

Orientação: Alfredo Adolfo Cordiviola
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Pretendemos estudar a obra Lavoura Arcaica (1975), livro de estréia do paulista Raduan Nassar (em conexão com o restante das suas criações literárias), enquanto objeto filosófico-literário, a partir de uma abordagem interdisciplinar que tenta unir a literatura/teoria literária (quanto a questão dos gêneros), à filosofia e psicanálise. Foram instrumentos importantes em nossas especulações, ainda, as idéias de pensadores como Octavio Paz, Pierre Bourdieu, Emmanuel Levinas, Julia Kristeva, Gilles Deleuze e Felix Guattari.

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29 de março de 2001

Agripino José Freire da Fonseca

A Língua Portuguesa nas Salas de Bate-papo Eletrônico: dos empréstimos a novos usos

Orientação: Nelly Medeiros de Carvalho
Área de Concentração: Linguística

Resumo: A década de 90 foi próspera de antecipar o futuro, principalmente, no que diz respeito ao desenvolvimento tecnológico aliado ao das telecomunicações e da informática. Esses últimos anos do Século XX registraram um fato importante no campo das comunicações: o surgimento da Internet. A rede mundial de computadores, como ficou conhecida, é filha da junção entre recursos das telecomunicações e da informática, de onde vem o termo telemática. A Internet é, o que se pode dizer, “o mundo em suas mãos”. Ela congrega todos os demais meios de comunicação. Com o desenvolvimento da Internet, surgiu uma terminologia própria que passa a ser objeto de estudo neste trabalho. A mesma diz respeito à Internet enquanto espaço virtual para a comunicação global. Por isso, um conjunto de termos gerais que possa visualizar a Rede como um todo, e um conjunto de termos mais restritos às salas de bate-papo, em especial, ao IRC, Internet Relay Chat (retransmissão de bate-papo na Internet) formarão o corpus do nosso trabalho. Este também tem o objetivo de verificar como se comporta a Língua Portuguesa – enquanto canal de expressão em tempo real, isto é, através dos bate-papos analisados – em relação à sua estrutura léxico-gramatical e aos processos morfossintáticos para a formação de palavras, que influências estrangeiras sofrem e se isso pode descaracterizar a sua forma de escrita pelas gramáticas.

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26 de março de 2001

Gláucia Renata Pereira do Nascimento

A Coesão Textual em Livros Didáticos para Ensino Médio

Orientação: Maria da Piedade Moreira de Sá
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Acreditamos que o estudo da coesão textual é pressuposto importante para o desenvolvimento e para o aprimoramento das habilidades de leitura e de escrita. Por esse motivo, o objetivo geral do presente trabalho foi verificar de que forma a coesão textual é contemplada como conteúdo de ensino em seis coleções de livros didáticos de língua portuguesa para o Ensino Médio. Partindo da hipótese de que a maioria dos livros didáticos não se ocuparia especificamente da coesão textual, mas dedicariam um capítulo ao estudo das conjunções, procuramos verificar o tratamento dado a esse grupo de conectores interfrásticos e a importância concedida ao papel que desempenham esses elementos na constituição da trama textual, uma vez que são eles responsáveis pelas interligações entre os diversos segmentos (micro e macroestruturais) do texto. As coleções analisadas foram publicadas na década de 1990 e adotadas por escolas na cidade do Recife. Como referencial teórico, valemo-nos dos trabalhos de Halliday & Hasan (1976), Ducrot (1981), Beaugrande & Dressler (1977), Bronckart (1999), Marcuschi (1983, 2000), Antunes (1996), Koch (1987, 1988, 1991, 1992, 1996, 1997), Koch & Travaglia (1989, 1999) e Neves (2000), cujos postulados subsidiaram a análise das coleções de livros didáticos. A análise revelou que dos seis manuais apenas dois apresentaram alguns conceitos de coesão textual, sendo que apenas um explica o funcionamento de alguns mecanismos de coesão. Quanto ao tratamento dado às conjunções, somente em um manual encontramos um estudo que privilegia seus aspectos semântico-pragmáticos, classificando-os como elementos de coesão textual, ainda assim, sem enfatizar a função desses elementos como interligadores macroestruturais.

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17 de janeiro de 2001

Saulo Cunha de Serpa Brandão

Aprendendo a Ler o Mundo com Thomas R. Pynchon

Orientação: Lourival Holanda
Área de Concentração: Teoria da Literatura (Doutorado)

Resumo: Neste trabalho, proponho um modelo de representação para ser utilizado por críticos que defrontem com textos ficcionais em que a ciência participou da ontogênese ficcional. A apresentação crítica passa pela análise comportamental dos personagens em comparação com a atuação de modelos científicos propostos por cientistas ou filósofos da ciência. Tomo como texto padrão e exemplar para esse tipo de abordagem o romance “Vineland”de Thomas Pynchon, mas existe uma comunidade de ficcionistas que poduzem(ziram) textos que aceitam plenamente o mesmo tipo de olhar, dentre eles destaco: John Barth, Gore Vidal, Frost e César Leal. Para chegar a essa proposta tive que trabalhar termos tradicionais da Teoria da Literatura, como: mimesis e realidade. Para chegar a propostas operacionais destes termos que se ajustassem ao meu trabalho eles passaram por uma reelaboração através do conceito de “comunidade interpretativa” cunhado por Stanley Fish. Destaco, ainda, a adoção dos conceitos de símbolo e metáfora propostos por Martin Foss. Essa estratégia me permitiu propor uma interação entre poetas e cientistas que acontece na fonte primária de nossa perspectiva, uma colaboração para o melhor entendimento do que Thoma Khun chamava de “virada epistemológica”.

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