Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE

30 de novembro de 1999

Viviane Braga de Araújo

O Uso dos Tempos Verbais na Construção da Coerência Textual: um estudo nas redações de vestibular

Orientação: Nelly Medeiros de Carvalho
Área de Concentração: Linguística

Resumo: O estudo dos tempos verbais na língua portuguesa ainda é um assunto pouco explorado nas gramáticas tradicionais e também pelos professores em sala de aula. A noção de tempo nas gramáticas apresenta-se restrita à idéia de presente, passado e futuro. Contudo, não se enfoca o uso dessa temporalidade expressa pelos verbos, utilizando-se dos textos dos próprios alunos e dessa forma, ressaltando a importância das formas verbais como elementos coesivos capazes de auxiliar na construção da significação global do texto. Com base na teoria do lingüista Weinrich, os tempos verbais, assim como as situações comunicativas, encontram-se distribuídos em dos grupos temporais: o mundo narrado e o mundo comentado. No português, apesar dessa divisão não ocorrer de forma tão absoluta, a aplicação dessa teoria poderá trazer novas maneiras de analisar e compreender melhor o uso desses elementos coesivos nos textos. A análise do corpus desse trabalho levanta algumas questões que mostram o uso inadequado dos tempos verbais e as conseqüências desse uso na coerência textual.

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29 de novembro de 1999

Roberto da Silva Ribeiro

A Influência do Latim no Léxico do Grego Neotestamentário

Orientação: Nelly Medeiros de Carvalho
Área de Concentração: Linguística (Doutorado)

Resumo: Este trabalho tem como objeto o empréstimo lingüístico ao grego neotestamentário, e o estudo de seus mecanismos e possíveis motivações sóciolingüísticas. Verificam-se nas primeiras escrituras cristãs, exaradas originalmente em grego coinê, vários termos de origem latina. Estes empréstimos se dão nos campos lexicais da administração pública, das instituições privadas, das moedas e medidas e nos nomes próprios. Observou-se que os empréstimos podem ocorrer nos corpus tanto por adaptação morfo-fonêmica quanto semântica e que há uma correlação entre o tipo de empréstimo e o campo lexical à que as palavras emprestadas pertencem. Em muitos casos, observou-se um uso estilístico dos empréstimos nos textos do Novo-Testamento.

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Ana Lucia Machado Maia

Progressão Referencial e Progressão Tópica por Hipônimos e Hiperônimos em Textos Orais

Orientação: Luiz Antonio Marcuschi
Área de Concentração: Linguística

Resumo: Este trabalho analisa a progressão referencial e a progressão tópica por termos hiponímicos e hiperonímicos em textos orais. Adotar-se-á a teoria da referenciação desenvolvida por Mondada e Dubois (1995), que substitui a teoria tradicional da referência e introduz uma nova abordagem para uma questão bastante antiga na lingüística: podemos ou não dizer o mundo com a língua? Esse questionamento recebeu um outro direcionamento, uma vez que envolve uma complexa rede de relações entre linguagem, mundo e pensamento, discutido tanto pela semântica quanto pela filosofia da linguagem. Baseados nesta nova abordagem, desenvolvemos um estudo sistemático de duas estratégias responsáveis pela progressão do texto: a progressão referencial e progressão tópica. Dentre as sete estratégias de progressão referencial apresentadas por Koch & Marcuschi (1998), selecionamos apenas a relação anafórica por hipônimos e hiperônimos, a partir da qual apresentamos uma proposta também nova para definir hiponímia e hiperonímia como uma relação dependente do contexto de uso das palavras. Para tanto, utilizamos como corpus-base três gêneros textuais selecionados do Projeto Integrado – Núcleo de Estudos Lingüísticos da Fala e Escrita (NELFE) classificados de acordo com o modelo de contínuo tipológico realizado por Marcuschi (1998): (a) informal – a conversação espontânea; (b) semi-formal – entrevista; (c) formal- aula. Realizamos um estudo comparativo nesses gêneros, a fim de verificar funcionamento da progressão referencial e progressão tópica através das relações de inclusão presentes e construídas pelos hiperônimos e hipônimos em condições contextuais.

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12 de novembro de 1999

Tânia Maria Pantója Pereira

A Palavra Territorializada: dialogismo e memória em “A Terceira Margem” de Benedicto Monteiro

Orientação: Roland Walter
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Esta dissertação discute regionalismo e identidade cultural, com o objetivo de demonstrar que através da literatura é possível se estabelecer um diálogo entre cultura local e a cultura global. Para tanto, procura-se comprovar, a partir da teoria da intertextualidade, de Mikhail Bakhtin e dos estudos interculturais e interdisciplinares, que o romance Aquele Um, de Benedicto Monteiro, partindo do imaginário social da Amazônia paraense, estabelece um diálogo com outros textos e com outras culturas e reafirma a identidade cultural da região.

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8 de novembro de 1999

Clélia Barqueta

A Recriação Histórico-Discursiva da Segunda Guerra Mundial: análise do discurso dos livros de história para o segundo grau

Orientação: Nelly Medeiros de Carvalho
Área de Concentração: Linguística

Resumo: As questões históricas, culturais e ideológicas vêm sendo cada vez mais estudadas por pesquisadores que atuam na área do ensino/aprendizagem. O presente trabalho insere-se nesse contexto. Partiu-se da hipótese de que, assim como a linguagem não é transparente, tampouco é o olhar para o passado. Todo presente, quando olha para trás julga, o passado com padrões e medidas atuais, e tenta reescrever a história à sua maneira.

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