Aquivo Digital da Pós-Graduação em Letras UFPE

30 de setembro de 1991

Rosely Maria de Souza Lacerda

Sistema Interrogativo de Seis Línguas Indígenas do Brasil, uma Análise Contrastiva

Orientação: Adair Pimentel Palácio
Área de Concentração: Linguística

Resumo: A comparação do sistema interrogativo das línguas Kaiwá e Manduruku (Tupi), Guató e Yaté (Macro-jê), Makuxi (Karib) e Terena (Aruak) constitui o tema dessa dissertação. Traços de relevância para estudo da forma interrogativa foram analisados em elementos segmentais, curva de entonação, posição dos constituintes em perguntas que esperam resposta “sim-não”, perguntas para confirmação e perguntas para informação. O propósito foi buscar uma semelhança tipológica nas línguas geneticamente aparentadas assim como em línguas de famílias diferentes. Na introdução conceitua-se o vocábulo interrogação, apresenta-se a classificação genética e tipológica das línguas, dá-se uma visão do suporte teórico e dos procedimentos metodológicos. A descrição, análise e comparação dos dados focalizam marcadores e palavras interrogativas. Encontrou-se o marcador interrogativo em Kaiwá, Munduruku, e Yatê; as demais línguas utilizam apenas uma curva entonacional específica para expressar perguntas. Incluíram-se marcadores aspectuais e conversacionais por serem proferidos em curva melódica interrogativa. Estudou-se desde a construção de perguntas diretas, afirmativas, até perguntas retóricas, negativas indiretas. A palavra interrogativa foi objeto de uma análise semântico-estrutural, observando-se funções sintáticas, sentidos equivalentes, traços de concordância com outros constituintes frasais, o uso de afixos, etc. A questão da posição dos constituintes demonstrou que, em geral, é mantida a ordem neutra do enunciado declarativo. Traços gerais da curva entonacional interrogativa confirmam, na maioria das vezes, o contorno ascendente em final de enunciado. Após estabelecer semelhanças e diferenças, (re)agruparam-se as línguas concluindo pela coincidência de alguns traços, que o Yatê, língua Macro-jê, se aproxima das línguas Tupi, Kaiwá e Munduruku, estas duas aparentadas na classificação genética; Guató, língua Macro-jê, não teve afinidades estruturais com o Yatê como poderia ser esperado, por pertencerem ao mesmo tronco; Makuxi, Terena e Guató contrastando com as outras três línguas, têm um ponto comum: não fazem uso de marcador interrogativo.

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23 de setembro de 1991

Flávia Jardim Ferraz Goyanna

O Lirismo Anti-Romântico em Manuel Bandeira

Orientação: Sebastien Joachim
Área de Concentração: Teoria da Literatura

Resumo: Dissertação originalmente sem resumo.

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